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27.8.17

Dividir um triângulo em duas partes equivalentes sendo uma delas um triângulo rectângulo

Dividir um triângulo em duas partes equivalentes por uma perpendicular a um lDO
Dividir um triângulo em duas partes equivalentes
por uma perpendicular a um dos seus lados

Apresentamos a seguir uma construção dinâmica a ilustrar que para qualquer triângulo e um dos seus lados há uma perpendicular a esse lado que o divide em dois polígonos equivalentes

O enunciado do problema desta entrada é:
Dado um triângulo acutângulo \;ABC\; determinar uma perpendicular a \;BC,\;por exemplo, que divide \;ABC\; em duas partes iguais em área.

Pode seguir as etapas da nossa construção e notas de demonstração usando a barra de navegação para passos da construção ao fundo do rectângulo de visualização
  1. Apresenta-se inicialmente um triângulo \;ABC.\;
    • Sabemos que, das perpendiculares a \;BC,\; a altura \;AD\; divide o triângulo \;ABC\; em duas partes.
      Quando e só quando \;D\; é o ponto médio de \;BC,\; \;ABD\; é equivalente a \;ACD\; e o segmento de reta que procuramos é a altura \;AD\;
    • Quando a área de \;ABD\; é maior que a área de \;BAD,\; a reta perpendicular que procuramos é paralela à altura e há-de cortar os lados \;AB\; e \;BC.\; Designemos por \;A’\; e \;D’\; esses pontos de intersecção que definem a reta perpendicular a \;BC\; que divide em duas partes equivalentes o triângulo \; [ABC]=[A’BD’] \cup[AA’D’C]\; \;\; \wedge \mbox{Área de }\;\;[A’BD’] = \mbox{Área de }\;\;[AA’D’C] \;

      Como determinamos \;D’?
    • Quando a área de \;ABD\; é menor que a área de \;ADC,\; a reta perpendicular que procuramos é paralela à altura e há-de cortar os lados \;AC\; e \;BC.\; Designemos por \;A’\; e \;D’\; esses pontos de intersecção que definem a reta perpendicular a \;BC\; que divide em duas partes equivalentes o triângulo \; [ABC]=[A’CD’] \cup[D’A’AB]\; \;\; \wedge\;\;\; \mbox{Área de }\;\;[A’D’C] = \mbox{Área de }\;\;[D’A’AB] \;

      Para este caso, a determinação de \;D'\; segue os mesmos passos.
  2. 26 agosto 2017, Criado com GeoGebra

  3. Na figura agora apresentada, estão visíveis todos os elementos construtíveis auxiliares para a determinação da perpendicular \;A’D’\; tal que \; [ABC]=[A’BD’] \cup[AA’D’C]\; \;\; \wedge \;\; \mbox{Área de }\;\;[A’BD’] = \mbox{Área de }\;\;[AA’D’C]. \;
    Se se verificam as condições de divisão de \;ABC\; em duas partes equivalentes, então \;\mbox{Área de}\;\;[ABC] = 2 \times \mbox{Área de}\;\;[A’BD’]\;\; \mbox{ou} \;\; \mbox{Área de}\;\;[A’BD’] = \frac{1}{2}\mbox{Área de}\;\;[ABC]
    que é o mesmo que dizer \frac{BD’ \times A’D’}{2} = \frac{1}{2} \times \frac{BC\times AD}{2}
    e, tomando o ponto \;M\; médio de \;BC\;, que é tal que \;\displaystyle BM=\frac{BC}{2},\; podemos escrever \mbox{Área de}\;\;[A’BD’] = \frac{BD’ \times A’D’}{2}= \frac{1}{2} (BM\times DA)
    A condição para a posição de \;A’D’\; pode assim resumir-se a \; BD’ \times A’D’ = BM\times DA \;\; \mbox{ou} \;\; \frac{BD’}{BM}=\frac{DA}{D’A’}
    Como \;A’D’\; e \;AD\; são perpendiculares à mesma \;BC\;, os triângulos \;ABD\; e \;A’BD’ \; são retângulos com um ângulo comum \;\hat{B}.\; \;\displaystyle \frac{DA}{D’A’} =\frac{BD}{BD’}\;
    E podemos assim escrever \frac{BD’}{BM}=\frac{BD}{B’D’}\;\; \mbox{ou} \;\; BD’^2 = BM \times BD
    o que nos determina a posição de \;D’\; sobre \;BC.\; Na nossa construção optámos por considerar a potência do ponto \;B\; relativa à circunferência de diâmetro \;MD\; e como o segmento da tangente a esse círculo tirada por \;B\; é tal que \;BT^2=BM \times BD\; sendo \;T\; o ponto de tangência, \;D’\; determina-se como um ponto de intersecção \;[BC] \cap (B, \; BT)\;
  4. Realçam-se o triângulo \;A’BD’\; de área igual a metade da área de \;ABC\; e o equivalente quadrilátero \;AA’D’C\; ambos azulados.
  5. Quando passa para a etapa 4 na barra de navegação dos passos de construção, verá o mesmo que viu na etapa anterior a menos que coloque \;A\; numa posição para a qual a área de \;ABD\; seja menor que a área de \;CAD.\; Deslocando \;A\; para o lado de \;B\; passará pelo caso em que \;AD\; divide \;ABC\; em dois triângulos iguais e finalmente para o caso em que uma perpendicular a \;BC\; divide \;ABC\; em duas partes equivalentes: \;CA'D'\; e \;ABD'A'\; esverdeadas.


Cluzel, R.; Robert, J-P. La Géometrie et ses applications. (Enseignement Technique) Librairie Delagrave. Paris: 1964
Caronnet, Th. Éxércices de Géométrie -quatrième livre: Les Aires 4. éd.,Librairie Vuibert. Paris:1947

21.8.17

Dividir um quadrilátero em duas partes equivalentes por uma reta a passar por um vértice

Determinar a reta que passa por um dos vértices de um quadrilátero e o divide em dois polígonos equivalentes
Dividir um quadrilátero em duas partes equivalentes por uma reta a passar por um vértice

Apresentamos a seguir uma construção dinâmica a ilustrar que para qualquer quadrilátero há uma reta a passar por um vértice que o divide em dois polígonos equivalentes

O enunciado do problema desta entrada é:
Dado um quadrilátero \;ABCD\; determinar uma reta a passar, por exemplo, por \;D,\; que divide \;ABCD\; em duas partes iguais em área.

Pode seguir os passos da nossa construção e notas de demonstração usando a barra de navegação para passos da construção ao fundo do rectângulo de visualização
  1. Apresenta-se inicialmente um quadrilátero \;ABCD.\;
    • Sabemos que, das retas tiradas por \;D,\; a diagonal \;DB\; divide o quadrilátero \;ABCD\; em duas partes.
      Quando \;ABD\; é equivalente a \;BCD\; o segmento de reta que procuramos é \;BD\;
    • Quando a área de \;ABD\; é maior que a área de \;BCD,\; a reta que procuramos há-de cortar o segmento \;AB.\; Designemos por \;E\; o ponto de \;AB\; para o qual \;DE\; divide em duas partes equivalentes o quadrilátero \;[ABCD]= [AED] \cup [BCDE]\; \;\; \wedge \mbox{Área de }\;\;[AED] = \mbox{Área de }\;\;[BCDE] \;
      Como determinamos \;E ?
    • Quando a área de \;ABD\; é menor que a área de \;BCD,\; o segmento da reta que procuramos há-de ter para segundo extremo um ponto \;F\; de \;BC.\; para o qual \;DF\; divide em duas partes equivalentes o quadrilátero \;[ABCD]= [ABFD] \cup [FCD]\; \;\; \wedge \mbox{Área de }\;\;[ABFD] = \mbox{Área de }\;\;[FCD] \;
      Como determinamos \;F?
  2. 21 agosto 2017, Criado com GeoGebra

  3. O quadrilátero \;ABCD\; com os vértices nas posições apresentadas inicialmente é tal que \;\mbox{Área de}\;\;[ABD] > \mbox{Área de}\;\;[BCD]\; e é, por isso, necessário cortar alguma parte ao \;[ABD].\; E, de acordo com o enunciado, \;D\; deve ser um extremo do segmento de reta que corta \;ABD\; e divide o quadrilátero em duas partes iguais. Se chamarmos \;E\; ao outro extremo do segmento, terá de ser \;[AED]\; equivalente a \;[BCDE].\;
    Como se vê na figura, tomámos as seguintes retas \;AB,\;DB,\; uma paralela a \;DB\; tirada por \;C\; que interseta \;AB\; em \;C’\; e finalmente a reta \;DC’.\;
    Como é óbvio, os triângulos \;DBC\; e DBC’ têm uma base \;DB\; comum e os vértices \,C, \;C’\; opostos a \;DB\; sobre uma paralela a ela. São, por isso, iguais em área. Assim, \mbox{Área de}\;\;[DEBC] =\mbox{Área de}\;\;[DEB]+ \mbox{Área de}\;\;[BCD]= \mbox{Área de}\;\;[DEB]+ \mbox{Área de}\;\;[BC’D] =\mbox{Área de}\;\;[DEC’].
    Como \;DE\; deve ser tal que \;\mbox{Área de}\;\;[DEBC] = \;\mbox{Área de}\;\;[AED],\;
    pelo que vimos há pouco \;\mbox{Área de}\;\;[DEBC]=\;\mbox{Área de}\;\;[DEC’]
    e, em consequência, \;\mbox{Área de}\;\;[AED]=\mbox{Área de}\;\;[DEC’]\;
    o que, para ser verdade, como a distância de \;D\; a \;AB\; é a altura comum aos dois triângulos de bases \;AE, \; EC’\; que têm de ser equivalentes, então \;E\; tem de ser o ponto médio de \;AC’.\; Ficamos a saber os passos do processo de determinação de \;E\; que com \;D\; define a reta que corta o quadrilátero em duas partes equivalentes.
  4. No passo 3, precisamos que o leitor desloque, por exemplo \;C,\; para uma posição tal que \;\mbox{Área de }\;\;[ABD] < \mbox{Área de }\;\;[ABD] \; em que teremos de procurar/apresentar um ponto \;F\; de \;BC\; tal que \;DF\; divide o quadrilátero \;ABCD\; em duas partes equivalentes. O processo é inteiramente análogo ao anterior.


Cluzel, R.; Robert, J-P. La Géometrie et ses applications. (Enseignement Technique) Librairie Delagrave. Paris: 1964
Caronnet, Th. Éxércices de Géométrie -quatrième livre: Les Aires 4. éd.,Librairie Vuibert. Paris:1947

17.8.17

Dados os paralelogramos ABDE e ACFG sobre os lados AB e AC de um triângulo ABC, determinar um paralelogramo BCKL cuja área seja igual à soma das áreas dos outros dois.

Dados os paralelogramos ABDE e ACFG sobre os lados AB e AC de um triângulo ABC, determinar um paralelogramo BCKL cuja área seja igual à soma dos outros dois.
Trilátero abc e áreas de paralelogramos construídos sobre a, b, c exteriormente

Apresentamos a seguir uma construção dinâmica a ilustrar que há um paralelogramo em que um dos lados é BC equivalente à soma de dois paralelogramos construídos sobre os lados AB e AC exteriormente ao triângulo ABC

O enunciado do problema desta entrada é:
Construir (e demonstrar) que dado um triângulo \;ABC\; qualquer e dois paralelogramos cada um sobre um de dois dos seus lados, por exemplo \;AB\; e \;AC,\; construídos exteriormente ao triângulo dado, construir um paralelogramo sobre o terceiro lado \;BC\; cuja área seja igual à soma das áreas dos primeiros dois paralelogramos.

Pode seguir os passos da nossa construção e notas de demonstração usando a barra de navegação para passos da construção ao fundo do rectângulo de visualização
  1. Apresenta-se inicialmente um triângulo \;ABC\; qualquer (\;A, \;B, \;C\; livres no plano da construção)
  2. Sobre \;AB\; aparece construído um paralelogramos \;ABDE\; em que \;D\; é um ponto qualquer no exterior de \;ABC\; e no semiplano determinado por \;AB\; sem pontos interiores de \;ABC.\; O quarto ponto \;E\; do paralelogramo é a interseção da paralela a \;BD\; tirada por \;A\; com a paralela a \;AB\; tirada por \;D\;
  3. De modo análogo se construíu o paralelogramo \;ACFG\; em que \;F\; tem graus de liberdade num semiplano para o exterior de \;ABC\; dos determinados por \;AC.\;
  4. 17 agosto 2017, Criado com GeoGebra

  5. A construção do paralelogramo \;BCKL\; que é tal que \;\mbox{Área de}\;\; [BCKL] = \mbox{Área de}\;\; [ABDE] + \mbox{Área de}\;\; [ACFG]\;
    apoia-se exclusivamente na Proposição XXXV. PROB. do LIVRO I de “Os Elementos”: Os paralelogramos que estão sobre a mesma base, e entre as mesmas paralelas, são iguais.
    • Como as retas \;AB\; e \;AC\; se intersetam em \;A\; também as suas paralelas a \;AB\; tirada por \;D\; e a \;AC\; tirada por \;F\; se interseta, denominemos por \;H\; o ponto \;DE.FG
    • E se considerarmos os paralelogramos \;ABB’H \; e \;ACC’H\;\; (BB’ \parallel CC’ \parallel AH, \; pela proposição referida acima, verificam-se as equivalências: \;[ABDE] \simeq [ABB’H]\; e \;[ACFG] \simeq [ACC’H].\;
    • Repare-se que estes paralelogramos têm em comum um lado \;AH\; com os mesmos comprimento e direção de \;BB’\; e \;CC’\;
    • Se tomarmos as retas \;BB’\; e \:CC’\; paralelas a \;AH\; podemos considerar novos paralelogramos entre a reta \;AH\; (que é a mesma que \;MN\; em que \;M\; é \;AH.BC\; e \;MN=AH\;) por um lado e por outro \;BL,\; ou \;CK.\; Assim, recorrendo à Prop. XXXV, sabemos que \;[ABB’H] \simeq [BLNM] \; e \;[ACC’H] \simeq [CKNM].\;
    • Ora \;[BLNM] \cup [CKNM] = [BCKL],\; que é um paralelogramo, e consideradas as equivalências confirmadas, em consequência \; \mbox{Área de}\;\;[BCKL] = \mbox{Área de}\;\;[ABDE] + \mbox{Área de}\;\;[ACFG]
      .
  6. Finalmente realçam-se os segmentos que são os lados dos diferentes paralelogramos auxiliares das demonstração e construção do paralelogramo \;BCKL\; cuja área é igual à soma das áreas dos paralelogramos \;ABDE\; e \;ACFG.\;


Cluzel, R.; Robert, J-P. La Géometrie et ses applications. (Enseignement Technique) Librairie Delagrave. Paris: 1964
Caronnet, Th. Éxércices de Géométrie -quatrième livre: Les Aires 4. éd.,Librairie Vuibert. Paris:1947

11.8.17

Crescente equivalente a um triângulo

Crescente equivalente a um triângulo.
Um Crescente é equivalente a um triângulo

Apresentamos a seguir uma construção dinâmica a ilustrar a equivalência de um triângulo a um Crescente limitado por dois arcos circulares.

O enunciado do problema desta entrada é:
Demonstrar que um Crescente Vermelho (entre dois arcos) na figura é igual em área a um triângulo.

Para além da superfície que estudamos, apresentam-se inicialmente retas, segmentos e arcos que ajudam a compreender a construção e permitem determinar a sua área da superfície em estudo ou a compará-la com outras áreas. Na construção deve recorrer à barra de navegação para passos da construção e seguir etapas da construção e os raciocínios até à demonstração (acompanhados de fórmulas que não escondem o uso dos axiomas da igualdade em geral e neste caso de igualdade entre áreas)
  1. Apresenta-se inicialmente uma circunferência de centro \;O\; e diâmetro \;AB\; e a mediatriz de \;AB\; que intersecta a circunferência em \;C, \;D.\,
  2. 11 agosto 2017, Criado com GeoGebra

  3. A seguir mostra-se a circunferência de centro em \;D\; e raio \;DA:\;.
    Como \;CD\; é a mediatriz de \;AB,\; sabemos que \;AD=BD;\; e, como \;AB\; é diâmetro de \;(O, \;OA)\; e \;D \in (O,\;OA),\; o triângulo \;ABD\; é rectângulo em \;D\;. Por isso, \;AB^2= 2AD^2 .\; Claro que também podíamos ter usado o facto de \;ODA\; ser triângulo rectângulo em \;O\; para concluir que \;AD^2 = 2OA^2\;
  4. O semicírculo de centro \;O\; e raio \;OA\; que designamos por \;\widehat{ACB}\overline{BA},\; neste passo evidenciado, tem área \; \frac{\pi\times OA^2}{2}= \frac{\pi \times 2.OA^2}{4} =\frac{\pi \times AD^2}{4}\;
  5. Chamamos Crescente ao que sobra do semicírculo vermelho após retirarmos o segmento circular \;\widehat{AB}\overline{BA}\; do círculo \;(D,\;DA).\;
  6. O segmento circular referido tem área igual à área do que sobra do sector circular \;D\widehat{AB}\; (quarto do círculo) \;\frac{\pi \times AD^2}{4}
    depois de lhe retirarmos o triângulo \;ABD\; rectângulo em \;D\; de área \; \frac{AD^2}{2}
  7. Por um lado a área do Crescente é igual à área do semicírculo de centro \;O\; e raio \;OA\; \frac{\pi \times AD^2}{4}
    subtraída da área do segmento que é, como vimos, \frac{\pi \times AD^2}{4} - \frac{AD^2}{2}
    ou seja, \mbox{Área do Crescente} = \frac{\pi \times AD^2}{4} - \left(\frac{\pi \times AD^2}{4} - \frac{AD^2}{2}\right)= \frac {AD^2}{2}= \mbox{Área do triângulo}\,\;\; ABD
    como queríamos demonstrar.


Cluzel, R.; Robert, J-P. La Géometrie et ses applications. (Enseignement Technique) Librairie Delagrave. Paris: 1964
Caronnet, Th. Éxércices de Géométrie -quatrième livre: Les Aires 4. éd.,Librairie Vuibert. Paris:1947

4.8.17

Uma superfície limitada por três arcos circulares equivalente a um quadrado.

Uma superfície limitada por três arcos circulares equivalente a um quadrado.
Uma superfície de gumes circulares equivalente a um quadrado

Apresentamos a seguir uma construção dinâmica a ilustrar a equivalência de um quadrado a uma superfície limitada por arcos de circunferências.
Tomamos um quadrado \;ABCD\; e uma das diagonais, por exemplo, \;BD\; e consideremos o arco \;BD\; de centro em \;A\; e os arcos \;BGA\; - de diâmetro \;AB,\; centro \;E\; - e \;AGD\; - de igual diâmetro \;DA,\; e centro em \;F\;. Estes três arcos circulares limitam uma superfície (a vermelho na figura abaixo)
O enunciado do problema desta entrada é:
Demonstrar que a superfície a vermelho na figura é igual em área a um quadrado de lado \;\displaystyle\frac{AB}{2}\; (um quarto do quadrado \;ABCD)\;.

Nota Daqui para a frente, por exemplo, estamos a usar \;E, \widehat{AGB}\; para designar o semicírculo de diâmetro \;AB\; ou \;(A, \hat{BD})\; o arco de centro \;A\; de extremos \;B, \;D\; (quarto de circunferência na figura). Para além da superfície que estudamos, apresentam-se inicialmente retas, segmentos e arcos que ajuda a compreender a construção e permitem determinar a sua área da superfície em estudo ou a compará-la com outras áreas. Partimos dos seguintes dados:
  • \;ABCD\; são vértices de um quadrado;
  • As diagonais \;BD\; e \;AC\; são perpendiculares e bissectam-se.
  • O arco \;\hat{BD}\; é um quarto da circunferência de raio igual ao lado do quadrado \;ABCD\;. O quarto do círculo correspondente tem área \; \frac{\pi\times AB^2}{4}\;
  • Os arcos \;\widehat{AGB}\; e \;\widehat{AGD}\; das circunferências de diâmetros \;AB\; e \;AD\; são semicircunferências iguais. A área de cada um doss semicírculos correspondentes às semicircunferências é \; \pi \times \frac{\left(\frac{ AB}{2}\right)^2}{2} = \frac{\pi \times AB^2}{8},\;
    metade da área do quarto de círculo de raio \;AB.\;

3 agosto 2017, Criado com GeoGebra

  • Por isso \mbox{Área de} (E,\widehat{AGD})+\mbox{Área de} (F,\widehat{AGB})=\mbox{Área de} (A,\widehat{AB}),
    (A,\widehat{AB})\setminus(F,\widehat{AGB})= (E, \widehat{AGD})
    Também sabemos que \; (F, \widehat{AG}) = (F,\widehat{GD})= (E, \widehat{AG}) = (E, \widehat{GB}). Basta agora olhar para \;(F,\widehat{AGA}); no lugar de \;(E, \widehat{BGB})\; para vermos que o semicírculo de centro em \;E\; e raio \; \displaystyle \frac{AB}{2}= AE=EB=EG\; é assim composto: \;(E, \widehat{GAG}) \cup \;(E, \widehat{BGB}) \cup \Delta[BGA] \;
    de conjuntos disjuntos igual à metade do quarto de círculo que contém toda a superfície vermelha acrescentada de um triângulo de base \;AB\; e respectiva altura \;EG\; cuja área é \frac{AB \times EG}{2} = \frac{\left(AB \times \displaystyle \frac{AB}{2}\right)}{2} = \left(\frac{AB}{2}\right)^2
    de um quadrado de lado igual a metade do lado do quadrado \;ABCD.\;
    • Usando o botão [mover peças], verá que a nossa superfície vermelha é equivalente à parte do círculo \;(A, AB)\; entre a corda \;[AB]\; e o arco \;\widehat{AB}\; e que esta é igual em área ao quadrado de vértices \;A, G\; opostos que também se pode ver quando a animação é concluída.


      Cluzel, R.; Robert, J-P. La Géometrie et ses applications. (Enseignement Technique) Librairie Delagrave. Paris: 1964
      Caronnet, Th. Éxércices de Géométrie -quatrième livre: Les Aires 4. éd.,Librairie Vuibert. Paris:1947

21.3.16

Construir um paralelogramo de que se conhecem as diagonais e um lado


Problema:
Construir um paralelogramo \;[ABCD]\; de que conhecemos os comprimentos de um dos seus lados \;a=AB\; e das suas diagonais \; d_1=AC, \; d_2= BD.

Um paralelogramo tem os lados opostos paralelos e de comprimentos iguais: \;AB\parallel CD \wedge AB=CD; \; BC\parallel DA \wedge BC=DA\;
e cada uma das suas diagonais encontra a outra no seu ponto médio, ou seja, há um ponto
\;M : \;\;\;\;AM = MC = \frac{d_1}{2},\;\;\; BM = MD = \frac{d_2}{2}\;


Pode seguir os passos da construção, fazendo variar o valor de \;n\; no seletor ao fundo da janela.


@geometrias, 21 março 2016, Criado com GeoGebra




Temos dados bastantes para construir um triângulo \;[AMB]\; de lados \;a=AB, \;\frac{d_1}{2}=AM, \; \frac{d_2}{2}=BM.\;\;\;\;\; E a partir dele, tudo se retira:
\;\left(M,\;\frac{d_1}{2}, \right).AM \rightarrow C, \;\;\;\left(M,\;\frac{d_2}{2}\right).BM \rightarrow D\;

200. Construire un parallèlogramme connaissant ses deux diagonales et un côté.l
Th. Caronnet. Éxércices de Géométrie. Deuxièmes Livre: La circonférence 5ème édition. Librairie Vuibert. Paris:1947

17.3.16

Construir um trapézio conhecendo comprimentos das bases e amplitudes dos ângulos adjacentes a uma delas.


Problema:
Construir um trapézio \;[ABCD]\; de que conhecemos os comprimentos das suas bases \;a=AB, \;c=CD\; e os ângulos adjacentes a uma das suas bases \;\beta=A\hat{B} C, \; \alpha= B\hat{A}D.

De um trapézio \;[ABCD]\; de bases \;AB, \;CD\; e \; \angle B\hat{A}D = \alpha\; qualquer reta que faça um ângulo igual a esse \;\alpha\; com a reta \;AB\; é paralela a \;AD.\;


Pode seguir os passos da construção, fazendo variar o valor de \;n\; no seletor ao fundo da janela.


@geometrias, 16 março 2016, Criado com GeoGebra



Para a determinação do vértice \;C\; tomamos um ponto \;E\; sobre \;AB\; tal que seja \;AE = CD. \;
Tracemos o segundo lado de um ângulo de vértice em \;E\; e primeiro lado \;EB\;. Sabemos que esse segunda lado é paralelo a \;AD\; e, por isso, \;C\; é um ponto desse segundo lado. Por outro lado, sabemos que está sobre o segundo lado do ângulo de vértice \;B\; que faça um ângulo \;\beta\; com o lado \;BA\;.
Tod o o problema de construção do trapézio em questão se resume pois a construir o triângulo de base \;EB=a-c\; e ângulos adjacentes \;\alpha, \; \beta\; cujo terceiro vértie é \;C\;
O quarto vértice \;D\;é a intersecção da paralela a \;AB\; tirada por \;C\; com a paralela a \; EC\; tirada por \;A.\; \;\;\;\;\;

201. Construire un trapèze connaissant les deux bases et les angles adjacents à l'une de ces bases.l
Th. Caronnet. Éxércices de Géométrie. Deuxièmes Livre: La circonférence 5ème édition. Librairie Vuibert. Paris:1947

13.3.16

Construir um trapézio de que se conhecem os comprimentos dos lados


Problema:
Construir um trapézio de que conhecemos os comprimentos dos seus lados \;a=AB, \;b=BC,\;c=CD,\;d=DA\; sendo as bases paralelas \;AB,\;CD\;

Sendo \;AB\; e \;CD\; as bases paralelas de um trapézio \;ABCD, \; uma paralela tirada por \;C\; a \;DA\; corta \;AB\; em \;E\; digamos. Claro que \;E\; está à distancia \;AD=d\; de \;C.\; e este pode ser determinado pela intersecção das circunferências (E, d) e (B,b). Como \;AB\parallel CD\; e \;CE\parallel DA, \; \;\;\; AE=CD=c\; e \;BE=a-c.


Pode seguir os passos da construção, fazendo variar o valor de \;n\; no seletor ao fundo da janela.


@geometrias, 13 março 2016, Criado com GeoGebra


Tomando um ponto \;A\; e uma reta \;r\; quaisquer para suporte de \;AB, \; determinamos \, B:\; (A, a).r\; e \;E: (A,c).r\;
O problema de construção do trapézio fica resolvido determinando \;C\; como
terceiro vértice do triângulo de lados \;EB=a-c, \;b,\;d.\;
O vértice \;D\; é a intersecção da paralela a \;EC\; tirada por \;A\; com a paralela a \;AB\; tirada por \;C\;

202. Construire un trapèze connaissant ses quatre côtés.l
Th. Caronnet. Éxércices de Géométrie. Deuxièmes Livre: La circonférence 5ème édition. Librairie Vuibert. Paris:1947