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29.4.18

3D: Círculos como cortes de uma esfera por planos perpendiculares concorrentes num ponto da superfície esférica.

Teorema: Tomemos três planos perpendiculares dois a dois, que concorrem num ponto da superfície de uma esfera dada. As intersecções dos três planos com a esfera são três círculos que passam pelo ponto comum à esfera e aos planos.
Prova-se que a soma das áreas dos três círculos assim obtidos não depende da posição desse ponto na superfície esférica.


adaptado de
Théorème. 30. On donne une sphère et un point fixe P; par ce point on mène trois plans rectangulaires deux à deux et qui déterminent trois cercles; prouver que la somme de ces trois cercles est constante. F.G.-M., Exércices de Géométrie…. 6ème éd., J. de Gigord. Paris:1920, (http://gallica.fr)-

Pode acompanhar as etapas de construção dos planos e dos cortes da esfera deslocando o cursor \;\fbox{n=1, ..., 6}.\;

28 abril 2018, Criado com GeoGebra5

\;\fbox{n=1}\; Apresenta-se uma esfera de centro em \;O\; e raio \;r,\; (igual a 2 no caso da nossa ilustração. E também se mostra o ponto \;P\; da superfície da esfera (que pode tomar qualquer posição dessa região).Claro que também se apresenta segmento de reta \;[OP]\; de comprimento \;\overline{OP}=r.\;
\;\fbox{n=2}\; Apresenta-se o plano vermelho, primeiro de três planos perpendiculares dois a dois que passam por \;P.\; Também é apresentado o segmento da perpendicular a esse plano tirada por \;O, \;a saber \;[OA]\; cujo comprimento \;a \leq r\; representa a distância de \;O\; ao plano vermelho e ao círculo vermelho secção da esfera por ele cortada. Sendo do plano vermelho, \;A\; é ponto médio de qualquer diâmetro do círculo vermelho, já que \;OA\; é perpendicular a todas as retas do plano e, assim \;A\; é o centro do círculo vermelho de centro \;A\; e raio \;\overline{PA}=r_1 \leq r.\;
Em cima, aparece o valor aproximado da área do círculo vermelho calculado: \; \pi \times r_1^2\;
\;\fbox{n=3}\; Oculta-se o plano vermelho e mostra-se o plano verde perpendicular ao vermelho e o respectivo círculo verde ambos a passar por \;P:\;
mais o segmento da perpendicular ao plano verde - \;OB\; de comprimento \;b \leq r\; distância de \;O\; ao plano verde e círculo verde de centro \;B\; e raio \; PB = r_2 \leq r \;
em cima, aparece o valor aproximado da área calculada do círculo verde: \; \pi \times r_2^2.\;
\;\fbox{n=4}\; Oculta-se o plano verde e mostra-se o plano azul perpendicular ao plano verde e ao plano azul e o respectivo círculo azul,ambos a passar por \;P\;
mais o segmento da perpendicular ao plano azul - \;OD\; de comprimento \;d \leq r\; que é a distância de \;O\; aos plano e círculo azul de centro \;D\; e raio \;PD=r_3 \leq r.\;
em cima, aparece o valor aproximado da área calculada do círculo azul: \; \pi \times r_3^2.\;
\;\fbox{n=5}\; Oculta-se o plano azul. Os três círculos nas condições da hipótese do teorema estão apresentados.
\;\fbox{n=6}\; Nesta etapa, ocultamos os círculos e mantemos todos os segmentos cujos comprimentos interessam para a demonstração que já foram sendo construídos e são dependentes (ou não) da posição de \;P\;.
  • \;OP\; não depende da posição de \;P\; na superfície da esfera dada de centro \;O\; e raio \;r.\;
    \overline{OP}= r
  • Na figura mostra-se o paralelipípedo de diagonal \;OP\; e dimensões \;\overline{OA}=a, \;\overline{OB}=b, \overline{OD}=d,\; que variam com a posição de \;P\; e, por isso, \overline{OP}^2 = \overline{OA}^2 + \overline{OB}^2+ \overline{OD}^2 \;\;\mbox{ou}\;\; r^2= a^2 + b^2+d^2
  • Os raios dos círculos \;r_1 =\overline{PA}, \;r_2 = \overline{PB}, \;r_3 = \overline{PC}\; são diagonais respetivamente dos rectângulos \; b \times d, \;d\times a, \; a \times b \; e por isso, r_1^2=b^2+d^2, \; r_2^2= d^2+a^2, \; r_3^2= a^2+b^2\;
  • Finalmente,sobre a soma das áreas dos círculos podemos escrever o seguinte \pi \times r_1^2 + \pi \times r_2^2 + \pi \times r_3^2 = \pi \times \left(r_1^2 + r_2^2 + r_3^2 \right) = = \pi \times \left( b^2+d^2 + d^2+ a^2+ a^2+b^2 \right) = 2\pi \times \left(a^2+b^2+d^2\right)=2\pi r^2 Fica assim provado que, por ser igual a \;2\pi r^2,\; a soma das áreas não depende da posição de \;P\; na superfície esférica dada. \;\;\;\;\;\blacksquare
    O valor aproximado da soma das áreas dos três círculos é calculado e mostrado acima. Pode deslocar o ponto \;P\; na superficie esférica para ver que essa soma não depende da posição de \;P\;

29.11.17

Áreas. Problemas de Optimização(7)


Enunciado do problema:
As diagonais de um trapézio retângulo têm comprimentos \;a\; e \;b\; sendo \;b < a.\;
Para que comprimento \;x\; do lado perpendicular aos dois lados paralelos do trapézio terá este área máxima?

Para a construção da figura abaixo precisámos dos segmentos \;a, \;b\; cujos comprimentos de medidas fixa correspondem às diagonais \;a=BD\; e \;b=AC\; do trapézio, para além de um ponto \;A\; de partida.

  1. Tomados os comprimentos \;a, \;b\; das diagonais e um ponto \;A, \; sobre uma reta horizontal a passar por \;A,\; tomámos um ponto \;B\; variável em \;\dot{A}B.\; Veremos depois que outras restrições tolherão os passos deste ponto.
  2. Determinamos os pontos \;C, \;D\; nas intersecções de \;(A,\; b)\; e \;(B,\; a)\; com as perpendiculares a \;AB\; tiradas por \;B\; e por \;A,\; respetivamente, ambos num mesmo dos semi-planos determinados por \;AB.\;

  3. Dos triângulos retângulos \;ABD\; e \;ABC\; que, em comum, têm o lado \;AB\; de comprimento \;x\; (cateto de um e de outro) \;a= BD\; hipotenusa do primeiro deles e \;b=AC\; hipotenusa do segundo.
    Sabemos
    • \;a > b > x\; nova restrição para os valores de \;x\; que interssama oa problema do trapézio.
    • \;AD^2 =a^2-x^2 \Rightarrow AD= \sqrt{a^2-x^2}
      \;BC^2= b^2-x^2 \Rightarrow AD= \sqrt{b^2-x^2}

      e a área \;y\; do trapézio \;ABCD\; que é igual ao produto da semi-soma dos lados paralelos pela altura relativa a esses lados \displaystyle \frac{AD + BC}{2} \times AB e pode ser expressa em função de \;x :\; y= \frac{\sqrt{a^2-x^2}+ \sqrt{b^2-x^2}}{2} \times x
  4. No canto superior direito da construção apresentamos o conjunto dos pontos \;(x, \;y)\; do gráfico da função \;y = f(x)\; que esclarece o modo como varia a área \;y\; do trapézio em estudo com a variação da altura do trapézio \;x\; relativa aos seus lados paralelos.

27 novembro 2017, Criado com GeoGebra

  • No canto superior direito da construção apresentamos o conjunto dos pontos \;(x, \;y)\; do gráfico da função \;y = f(x)\; que esclarece o modo como varia a área \;y\; do trapézio em estudo com a variação da altura do trapézio \;x\; relativa aos seus lados paralelos.
  • Sem perdermos de vista que \;0 < x < b < a,\; olhemos para a derivada de \;y=fx):\; \displaystyle \frac{dy}{dx} =\frac{\sqrt{a^2-x^2}+ \sqrt{b^2-x^2}}{2} - \frac{x^2} {2} \left(\frac{1}{\sqrt{a^2-x^2}} +\frac{1}{\sqrt{b^2-x^2}}\right)= \frac{\sqrt{a^2-x^2}+ \sqrt{b^2-x^2}}{2} - \frac{x^2}{2}.\frac{\sqrt{b^2-x^2}+\sqrt{a^2-x^2}}{\sqrt{a^2-x^2} . \sqrt{b^2-x^2}}=
    = \displaystyle \frac{\sqrt{a^2-x^2}\sqrt{b^2-x^2}(\sqrt{a^2-x^2}+\sqrt{b2-x^2})-x^2(\sqrt{a^2-x^2} +2x^2\sqrt{b^2-x^2})}{2\sqrt{a^2-x^2} .\sqrt{b^2-x^2}}= \;\;\;\;\;\;\;\; \;\;\; \;\;\;\;\;\;\;\; \;\;\; \;\;\;\;\;\;\;\; \;\;\;\;\; \;\;\;
    =\frac{(\sqrt{a^2-x^2} +\sqrt{b^2-x^2}) (\sqrt{a^2-x^2}\sqrt{b^2-x^2} -x^2)}{2\sqrt{a^2-x^2} .\sqrt{b^2-x^2}}\;\; \;\;\; \;\;\;\;\;\;\;\; \;\;\; \;\;\;\;\;\;\;\; \;\;\; \;\;\;\;\;\;\;\; \;\;\;\;\; \;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\; \;\;\;\;\; \;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\; \;\;\;\;\; \;\;\;\;\;\; que só se anula quando \sqrt{a^2-x^2}= -\sqrt{b^2-x^2} \;\;\;\;\;\vee \;\;\;\;\; x^2 = \sqrt{a^2-x^2} \;\;\sqrt{b^2 - x^2} Como a primeira condição de anulamento nunca se verifica para as condições do problema, resta-nos y’_x = 0 \Leftarrow x^2 = \sqrt{(a^2-x^2)(b^2 - x^2)} \Leftarrow x^4 =(a^2-x^2)(b^2-x^2) \Leftarrow x^4 = x^4-(a^2+b^2)x^2 + a^2b^2 \Leftarrow x^2= \frac{a^2b^2}{a^2+b^2} Concluindo x=\frac{ab}{\sqrt{a^2+b^2}} \Rightarrow y’_x=0 De outro modo y’_x = 0 \Leftrightarrow x^2= \overline{AD} \times \overline{BC} \Leftrightarrow x= \sqrt{\;\overline{AD} \times \overline{BC} \;}
    No caso da nossa figura ou construção, em que tomamos \;a=4\; e \;b=2\;, o máximo dos valores y= \frac{\sqrt{16-x^2}+ \sqrt{4-x^2}}{2} \times x das áreas dos trapézios é 4 atingido para \;\overline{AB}=x=\displaystyle \frac{4}{\sqrt{5}}\;


    Sangaku Optimization Problems:
    (All animations written by David Schultz in MAPLE (TM). Source code available upon request: davvu41111@mesacc.edu)
    Kazen Yamamoto, Hiromu Hasegawa. (1809)
    Problem Statement: The diagonals of a trapezoid are fixed with lengths a and b with b < a. What is the horizontal length, x, which produces the trapezoid of maximal area?
    Sanpõ-Jojutsu, pg. 151.

    21.3.16

    Construir um paralelogramo de que se conhecem as diagonais e um lado


    Problema:
    Construir um paralelogramo \;[ABCD]\; de que conhecemos os comprimentos de um dos seus lados \;a=AB\; e das suas diagonais \; d_1=AC, \; d_2= BD.

    Um paralelogramo tem os lados opostos paralelos e de comprimentos iguais: \;AB\parallel CD \wedge AB=CD; \; BC\parallel DA \wedge BC=DA\; e cada uma das suas diagonais encontra a outra no seu ponto médio, ou seja, há um ponto
    \;M : \;\;\;\;AM = MC = \frac{d_1}{2},\;\;\; BM = MD = \frac{d_2}{2}\;

    Pode seguir os passos da construção, fazendo variar o valor de \;n\; no seletor ao fundo da janela.


    @geometrias, 21 março 2016, Criado com GeoGebra




    Temos dados bastantes para construir um triângulo \;[AMB]\; de lados \;a=AB, \;\frac{d_1}{2}=AM, \; \frac{d_2}{2}=BM.\;\;\;\;\; E a partir dele, tudo se retira:
    \;\left(M,\;\frac{d_1}{2}, \right).AM \rightarrow C, \;\;\;\left(M,\;\frac{d_2}{2}\right).BM \rightarrow D\;

    200. Construire un parallèlogramme connaissant ses deux diagonales et un côté.l
    Th. Caronnet. Éxércices de Géométrie. Deuxièmes Livre: La circonférence 5ème édition. Librairie Vuibert. Paris:1947