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4.8.17

Uma superfície limitada por três arcos circulares equivalente a um quadrado.

Uma superfície limitada por três arcos circulares equivalente a um quadrado.
Uma superfície de gumes circulares equivalente a um quadrado

Apresentamos a seguir uma construção dinâmica a ilustrar a equivalência de um quadrado a uma superfície limitada por arcos de circunferências.
Tomamos um quadrado ABCD e uma das diagonais, por exemplo, BD e consideremos o arco BD de centro em A e os arcos BGA - de diâmetro AB, centro E - e AGD - de igual diâmetro DA, e centro em F. Estes três arcos circulares limitam uma superfície (a vermelho na figura abaixo)
O enunciado do problema desta entrada é:
Demonstrar que a superfície a vermelho na figura é igual em área a um quadrado de lado AB2 (um quarto do quadrado ABCD).

Nota Daqui para a frente, por exemplo, estamos a usar E,^AGB para designar o semicírculo de diâmetro AB ou (A,^BD) o arco de centro A de extremos B,D (quarto de circunferência na figura). Para além da superfície que estudamos, apresentam-se inicialmente retas, segmentos e arcos que ajuda a compreender a construção e permitem determinar a sua área da superfície em estudo ou a compará-la com outras áreas. Partimos dos seguintes dados:
  • ABCD são vértices de um quadrado;
  • As diagonais BD e AC são perpendiculares e bissectam-se.
  • O arco ^BD é um quarto da circunferência de raio igual ao lado do quadrado ABCD. O quarto do círculo correspondente tem área π×AB24
  • Os arcos ^AGB e ^AGD das circunferências de diâmetros AB e AD são semicircunferências iguais. A área de cada um doss semicírculos correspondentes às semicircunferências é π×(AB2)22=π×AB28, metade da área do quarto de círculo de raio AB.

3 agosto 2017, Criado com GeoGebra

  • Por isso Área de(E,^AGD)+Área de(F,^AGB)=Área de(A,^AB), (A,^AB)(F,^AGB)=(E,^AGD) Também sabemos que (F,^AG)=(F,^GD)=(E,^AG)=(E,^GB). Basta agora olhar para (F,^AGA); no lugar de (E,^BGB) para vermos que o semicírculo de centro em E e raio AB2=AE=EB=EG é assim composto: (E,^GAG)(E,^BGB)Δ[BGA] de conjuntos disjuntos igual à metade do quarto de círculo que contém toda a superfície vermelha acrescentada de um triângulo de base AB e respectiva altura EG cuja área é AB×EG2=(AB×AB2)2=(AB2)2 de um quadrado de lado igual a metade do lado do quadrado ABCD.
    • Usando o botão [mover peças], verá que a nossa superfície vermelha é equivalente à parte do círculo (A,AB) entre a corda [AB] e o arco ^AB e que esta é igual em área ao quadrado de vértices A,G opostos que também se pode ver quando a animação é concluída.


      Cluzel, R.; Robert, J-P. La Géometrie et ses applications. (Enseignement Technique) Librairie Delagrave. Paris: 1964
      Caronnet, Th. Éxércices de Géométrie -quatrième livre: Les Aires 4. éd.,Librairie Vuibert. Paris:1947

21.7.14

Resolver problema de construção usando análise e síntese


Problema: Por um dos pontos de interseção de duas circunferências secantes, conduzir uma reta que determine nas duas circunferências um segmento de comprimento dado.
Vilela, António Lôbo. Métodos GeométricosMétodos Geométricos. Editorial Inquérito, Lda. Lisboa:1939
A publicação da resolução deste problema tornou-se necessária como parte da construção da resolução de um outro problema que entendemos dever publicar, como ilustração do método do problema contrário proposto no mesmo livro.
Pode seguir os passos da análise do problema fazendo variar os valores de n entre 1 e 3 no cursor n. Para n=4 concluirá a primeira solução. Os valores 5n8 mostrarão a construção da segunda solução (para P, claro)
  1. Os dados deste problema são: um comprimento s, duas circunferências (C),(C) secantes e um ponto P da interseção (C).(C)
  2. Supor o problema resolvido é considerar encontrado uma reta a passar por P a cortar (C) em A e (C) em A (para além de P), de tal modo que AA=s. Como podemos encontrar A,A ?
    Sabemos que AA=AP+PA, é soma de duas cordas, uma de cada circunferência.
  3. Os pontos médios M e M respetivamente de AP e PA são tais que
    • A pode ser obtido como imagem de P por meia volta de centro em M e A pode ser obtido como imagem de P por meia volta de centro em M<\li>
    • MM=MP+PM=12(AP+PA)=12(AA)=s2
    • CMAPCMPA e, por isso, CMCM ou [MCCM] é um trapézio retângulo.

    Isto quer dizer que bastará determinar o ponto D tal que     CDCDCD=MM=s2
    que é o mesmo que dizer que D é simultaneamente ponto da circunferência de diâmetro CC e da circunferência de centro C e raio s2
  4. Com os dados do problema podemos determinar D. Como a reta CD (ou CM é perpendicular a AA e CD também é perpendicular a CD, para obter a reta AA (ou MM) basta tirar por P a paralela a CD

  5. © geometrias, 20 de Julho de 2014, Criado com GeoGebra


  6. Para a segunda solução, que existe no caso da nossa figura, começamos por determinar D como intersecção da circunferência centrada em C e raio s2 com a circunferência de diâmetro CC de modo que o triângulo [CCD] seja retângulo em D
  7. A paralela a CD tirada por P é a reta que procuramos. A reta CD interseta esta paralela em N e a paralela a CD tirada por C interseta-a em N.
  8. A paralela a CD tirada por P determina duas cordas BP em (C) e PB em (C) das quais N e N são pontos médios já que CNBB e CDPB
  9. Como s2=CD=NN, passando por P, BB=BP+PB=2(NP+PN)=2NN=2s2=s     □
Nota sobre as condições de existência de soluções.
A existência de soluções depende de D. Vimos que CD=MM=s2 ou CD=NN=s2 são cordas da circunferência de diâmetro CC e, por isso, CD=CD=s2CC. Assim só há soluções quando s2CC.
Para s=2CC (ou quando s atinge o seu valor máximo), AA e BB são paralelas de CC tiradas por P, logo AA=BB o que quer dizer que nesse caso há uma só solução.
Se s<2CC, há duas direções para as secantes por P e comprimento s: s=AA,AACD e s=BB,BBCD e, em consequência , pode haver duas soluções, no caso de cada uma das paralelas tiradas por P a CD e a CD cortar as duas circunferências (C),(C). No limite, estas direções podem ser a das tangentes t,t tiradas por P a (C) e (C). Se conduzirmos por C paralelas a essas tangentes, elas determinam cordas, chamemos-lhe u,u na circunferência de diâmetro CC . Verifica-se que há uma só solução se 2×mín{u,u}<s<2×máx{u,u} e duas soluções quando 2×máx{u,u}<s<CC.

3.4.14

Usando lugares geométricos para resolver problemas de construção (17a)

Problema: Determinar um ponto a partir do qual se vêem segundo ângulos iguais dois segmentos AB e BC de uma dada reta a

A construção abaixo ilustra a resolução do problema proposto
  1. Dados(a azul): uma reta a e três pontos A,B,C sobre ela.
  2. Tomemos um ângulo α=CˆAD. Os pontos P a partir dos quais se traçam retas PA para A e PB para B sendo AˆPB=α estão sobre dois arcos de circunferências congruentes dos quais AB é uma corda comum (5º lugar geométrico da lista).

    © geometrias, 2 de Abril de 2014, Criado com GeoGebra


  3. Do mesmo modo se determina o lugar geométrico dos pontos P dos pontos tais que BˆPC=α.
  4. No caso da nossa construção, para o alpha inicialmente considerado, há dois pontos H,H que satisfazem as condições do problema; são as interseções dos lugares geométricos (5º da lista) relativos a α e a AB um deles e a BC o outro.
  5. Claro que o segmento AB e BC podem ser vistos segundo ângulos iguais de outra amplitude.

Podemos variar o ângulo α e as posições de A, B e C