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5.10.21

Problema resolvido?


Problema:
Num plano são dados: uma circunferência de raio \;r \; e centro \;P\; e uma reta \;l\;, sendo \;d \; a distância de \;P \; a \;l \; tal que \;d \;>\; r \;.
Se tomarmos \;M \; e \;N \; sobre \;r \; de tal modo que a circunferência de diâmetro \;MN \; seja tangente exterior à circunferência dada. Mostre que existe um ponto \;A \; do plano para o qual todos os segmentos \;MN \; subentendem um ângulo \;\angle MÂN \; constante.

Tiramos um ponto \;O(0,\;0) \;, uma reta \;Ox =l\; e uma \; Oy \; (perpendicular a \; Ox \; tirada por \; O \;), um ponto \;P(O,\;d) \; de \; Oy \; para centro de uma circunferência de raio \; r \; sendo \; d > r \;.
Tomamos por \; P \; uma reta que intersecta \; Ox \; num ponto \; C(h, 0) \; que é centro da circunferência tangente à circunferência \;(P,\;r) \;, como na figura se ilustra.



@ geometrias, 5 de Outubro de 2021, Criado com GeoGebra

O centro \; C\; de uma circunferência tangente exterior à dada \;(P,r) \; deve ter um raio \; s \; tal que \; PC =(r+s)\; é hipotenusa do triângulo \;\Delta [OCP]\; rectângulo em \; O \; e, pelo Teorema de Pitágoras, \; d^2 + h^2 = (r+s)^2
Aos extremos do diâmetro da circunferência \;(C, s)\; cortada por \;Ox\; na nossa construção, chamamos \; M=(h-s, 0)\; e \;\;N=(h+s,0)\;.
Aceitemos que existe um ponto de \;Oy, \;\;A(0,\;k), k>0\; que satisfaz a condição do problema, ou seja, tal que as amplitudes dos ângulos \; \angle MAN \; se mantêm invariáveis.
Se tirarmos por \;O \; uma reta tangente à circunferência \;(P,r),\; ficamos com um triângulo \;\Delta[OTP]\;, retângulo em \;T\;, para além do triângulo \;\Delta[COP]\; rectângulo em \;O\;.
A circunferência \;(O,\;T)\; corta \;Oy\; num ponto que designamos por \; A \; e, como nos parece óbvio, só nos falta provar que a amplitude \; \angle MÂN \; em causa se mantém invariável, no caso de tomarmos pelo mesmo processo outras retas \;P, \;C\; perpendiculares a tangentes da circunferência \;(P,\;r)\;....
Tal se pode provar, recorrendo à circunferência \; (A,\; O)\; e aos seus diferentes sectores circulares com centro em O e construídos de igual modo ao primeiro sempre com as tangentes a \;(P,\;r).\;
Não dependem dos raios \;s\; e deslocando o ponto \; C\; podem ser vistos e vista a sua constância em amplitude dos sectores circulares de \;(A,O).\; \hspace{0.5 cm}\square

29.4.18

3D: Círculos como cortes de uma esfera por planos perpendiculares concorrentes num ponto da superfície esférica.

Teorema: Tomemos três planos perpendiculares dois a dois, que concorrem num ponto da superfície de uma esfera dada. As intersecções dos três planos com a esfera são três círculos que passam pelo ponto comum à esfera e aos planos.
Prova-se que a soma das áreas dos três círculos assim obtidos não depende da posição desse ponto na superfície esférica.


adaptado de
Théorème. 30. On donne une sphère et un point fixe P; par ce point on mène trois plans rectangulaires deux à deux et qui déterminent trois cercles; prouver que la somme de ces trois cercles est constante. F.G.-M., Exércices de Géométrie…. 6ème éd., J. de Gigord. Paris:1920, (http://gallica.fr)-

Pode acompanhar as etapas de construção dos planos e dos cortes da esfera deslocando o cursor \;\fbox{n=1, ..., 6}.\;

28 abril 2018, Criado com GeoGebra5

\;\fbox{n=1}\; Apresenta-se uma esfera de centro em \;O\; e raio \;r,\; (igual a 2 no caso da nossa ilustração. E também se mostra o ponto \;P\; da superfície da esfera (que pode tomar qualquer posição dessa região).Claro que também se apresenta segmento de reta \;[OP]\; de comprimento \;\overline{OP}=r.\;
\;\fbox{n=2}\; Apresenta-se o plano vermelho, primeiro de três planos perpendiculares dois a dois que passam por \;P.\; Também é apresentado o segmento da perpendicular a esse plano tirada por \;O, \;a saber \;[OA]\; cujo comprimento \;a \leq r\; representa a distância de \;O\; ao plano vermelho e ao círculo vermelho secção da esfera por ele cortada. Sendo do plano vermelho, \;A\; é ponto médio de qualquer diâmetro do círculo vermelho, já que \;OA\; é perpendicular a todas as retas do plano e, assim \;A\; é o centro do círculo vermelho de centro \;A\; e raio \;\overline{PA}=r_1 \leq r.\;
Em cima, aparece o valor aproximado da área do círculo vermelho calculado: \; \pi \times r_1^2\;
\;\fbox{n=3}\; Oculta-se o plano vermelho e mostra-se o plano verde perpendicular ao vermelho e o respectivo círculo verde ambos a passar por \;P:\;
mais o segmento da perpendicular ao plano verde - \;OB\; de comprimento \;b \leq r\; distância de \;O\; ao plano verde e círculo verde de centro \;B\; e raio \; PB = r_2 \leq r \;
em cima, aparece o valor aproximado da área calculada do círculo verde: \; \pi \times r_2^2.\;
\;\fbox{n=4}\; Oculta-se o plano verde e mostra-se o plano azul perpendicular ao plano verde e ao plano azul e o respectivo círculo azul,ambos a passar por \;P\;
mais o segmento da perpendicular ao plano azul - \;OD\; de comprimento \;d \leq r\; que é a distância de \;O\; aos plano e círculo azul de centro \;D\; e raio \;PD=r_3 \leq r.\;
em cima, aparece o valor aproximado da área calculada do círculo azul: \; \pi \times r_3^2.\;
\;\fbox{n=5}\; Oculta-se o plano azul. Os três círculos nas condições da hipótese do teorema estão apresentados.
\;\fbox{n=6}\; Nesta etapa, ocultamos os círculos e mantemos todos os segmentos cujos comprimentos interessam para a demonstração que já foram sendo construídos e são dependentes (ou não) da posição de \;P\;.
  • \;OP\; não depende da posição de \;P\; na superfície da esfera dada de centro \;O\; e raio \;r.\;
    \overline{OP}= r
  • Na figura mostra-se o paralelipípedo de diagonal \;OP\; e dimensões \;\overline{OA}=a, \;\overline{OB}=b, \overline{OD}=d,\; que variam com a posição de \;P\; e, por isso, \overline{OP}^2 = \overline{OA}^2 + \overline{OB}^2+ \overline{OD}^2 \;\;\mbox{ou}\;\; r^2= a^2 + b^2+d^2
  • Os raios dos círculos \;r_1 =\overline{PA}, \;r_2 = \overline{PB}, \;r_3 = \overline{PC}\; são diagonais respetivamente dos rectângulos \; b \times d, \;d\times a, \; a \times b \; e por isso, r_1^2=b^2+d^2, \; r_2^2= d^2+a^2, \; r_3^2= a^2+b^2\;
  • Finalmente,sobre a soma das áreas dos círculos podemos escrever o seguinte \pi \times r_1^2 + \pi \times r_2^2 + \pi \times r_3^2 = \pi \times \left(r_1^2 + r_2^2 + r_3^2 \right) = = \pi \times \left( b^2+d^2 + d^2+ a^2+ a^2+b^2 \right) = 2\pi \times \left(a^2+b^2+d^2\right)=2\pi r^2 Fica assim provado que, por ser igual a \;2\pi r^2,\; a soma das áreas não depende da posição de \;P\; na superfície esférica dada. \;\;\;\;\;\blacksquare
    O valor aproximado da soma das áreas dos três círculos é calculado e mostrado acima. Pode deslocar o ponto \;P\; na superficie esférica para ver que essa soma não depende da posição de \;P\;

20.3.18

Um quadrado, um ponto variável sobre um lado, um ângulo e sua invariância



António Aurélio Fernandes passou por um problema no YouTube que por lá foi resolvido usando vetores e apresentou-o a si mesmo aqui a pensar numa demonstração mais elementar.

Enunciado:
No quadrado \;[ABCD]\; toma-se um ponto \;P\; qualquer sobre \;BC.\; Por \;A\; traça-se a semi reta \;AP\; e, em seguida, por \;C\; tira-se uma perpendicular a \;AP\; que encontra a reta \;AB\; em \;Q.\;
Provar que o ângulo em \; \angle A\hat{Q}P\; se mantém constante quando \;P\; toma diferentes posições em \;[BC].\;



Seguir os passos da construção e demonstração
\;\fbox{n=1}:\; Apresenta-se o quadrado \;[ABCD]\; e um ponto \;P\; de \;[BC].\;

\;\fbox{n=2}:\; Apresenta-se \;\dot{A}P\; (diferente para cada \;P\; de \;[BC]\; e a perpendicular a \;AP\; tirada por \;C\; que interseta \;\dot{A}B\; em \;Q\;

14 março 2018, Criado com GeoGebra



\;\fbox{n=3}:\; Finalmente acrescentamos \;[PQ]\; e o ângulo \;B\hat{Q}P\; rotulado pelo seu valor (amplitude) em graus. Pode deslocar \;P\; sobre \;BC\; para verificar que o seu valor se mantém invariável e que quando \;P = C, \;\; [AP] = [AC]\; é uma das diagonais do quadrado e, para esta posição de \;P,\; a perpendicular a \;AP\; tirada por \;C\; é perpendicular a \;AC\; em \;C=P\; e, por isso, paralela a \;BD,\; já que as diagonais de um quadrado são perpendiculares.
Para esta posição de \;P=C\; é bem óbvio que \;AQP=AQC\; é um triângulo retângulo em \;P=C\;e isósceles, já que \;CQ \perp AC \wedge AC=CQ =BD\; e \;\angle C\hat{A}Q = \angle A\hat{Q}C \;

\;\fbox{n=4}:\; Acrescentamos as diagonais \;CA, \;BD\;

\;\fbox{n=5}:\; A situação descrita acima para o caso de \;P\; assumir a posição de \;C\; é aplicável a qualquer \;P\; de \;BC,\; observando o quadrado de lado \;BP\;, \;[BPEF], \; já que a sua diagonal \;BE\; é um segmento da diagonal \;BD\; de \;[ABCD]\; e \;PF \parallel CA\;.