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28.12.17

Hoje é Dia de Aniversário do GEOMETRIAS


No dia 28 de Dezembro de 2004, publicámos a primeira mensagem neste bloGeometrias, a saber:
A primeira experiência [28/12/04]
Durante estes anos passados, recebemos mais de 1 000 000 de visitas interessadas em construções geométricas e vindas de todo o mundo - brasileiras na sua maioria. Talvez tenhamos servido de ajuda a um ou outro. Pelo nosso lado, fomos estudando geometria básica. Ao longo dos anos trabalhámos com Cinderella, ZuL (CaR), … Geogebra... e fomos sendo abandonados por problemas com servidores, programas e linguagens que a geometria e a teimosia só em parte pôde resolver. Pode ser complicado ver e manipular algumas ou muitas das nossas construções dinâmicas. Não nos é possível rever tudo. Agradecemos agora todas as críticas e sugestões. Outros processos e projectos a que nos ligámos já estão anulados pela passagem do tempo ou abandonados à sua sorte.
OBRIGADO A TODOS OS QUE NOS VISITARAM.
ESPERAMOS TER AJUDADO A PENSAR EM GEOMETRIA BÁSICA DINÂMICA.
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Enunciado do problema (adaptado):

Inscrever numa dada esfera de raio 1 um cilindro de área máxima: que dimensões para o cilindro?

O problema é citado numa carta (10.11.1642)) enviada de Fermat para Mersenne, aqui apresentado como exemplo da potência da notação de Leibniz. Nesta entrada vamos simplesmente ilustrar o problema reduzindo à determinação de um representante dos retângulos de área máxima de entre todos os que podem inscrever-se numa circunferência de raio 1, já que a superfície do cilindro é o varrimento feito pela altura a rodar em torno do eixo a passar pelos centros das bases e, por isso , a sua área é dada por um produto da altura \;h\; pelo perimetro \;2\pi r\; da circunferência base ou seja \;pi b\; se chamarmos \;b\; segunda dimensão da secção do cilindro cortado ao meio longitudinalmente por um plano a passar pelos dois centros das bases.
A 1ª figura( parte superior da janela) apresenta uma esfera de raio 1 e nela inscrito um cano cilíndrico que a atravessa. As bases do cilindro (bocas dos canos) são circunferências de diâmetros variáveis entre zero e dois que é diâmetro da esfera. Apresenta-se também o retângulo - corte longitudinal. E, claro, os valores correspondentes às dimensões de cada retângulo, bem como o valor correspondente à superfície de cada revolução cilindrica - \; \pi .b .h\;.

Na parte inferior da janela, apresenta-se a figura de um círculo máximo da esfera e nele inscrito um retângulo (dimensões variáveis) em que uma delas será diâmetro da base e outra a altura do cilindro (variáveis) Sabemos que \;b: 0 < b < 2\; bem como \;h: 0 < h < 2\; e que \;b^2+ h^2 = 4,\; já que cada um dos retângulos inscritos é dividido em dois triângulos retângulos de catetos \;b,\; h\; e hipotenusa igual ao diâmetro do circulo máximo (ou da esfera). Por isso os pontos \;(b,\; h)\; são pontos de uma circunferência de raio \;2\; e os pontos \;b, bh\; são pontos de uma curva de função \; b \mapsto b.\sqrt{4-b^2} de domínio\;]0, 2[,\; cuja derivada em ordem a \;b\; é b \mapsto \sqrt{4-b^2} - \frac{b^2}{\sqrt{4-b^2}}= \frac{4-2b^2}{\sqrt{4-b^2}} tal que \frac{4-2b^2}{\sqrt{4-b^2}}=0 \Leftrightarrow b=-\sqrt{2} \vee b= \sqrt{2} e, por isso, de entre todos os retângulos, o retângulo que tem área máxima \;2\; de dimensões \;b=h=\sqrt{2}\; é um quadrado.
E o cano cilíndrico que atravesssa a esfera de um metro de raio tem área lateral \;\pi. \sqrt{2}. \sqrt{2}\; m^2 = 2\pi\; m^2\; que é quanto precisa de placa de lata
ou seja, de uma placa de dimensões \;\pi \sqrt{2}\; metros por \;\sqrt{2}\; metros □


Alexander Ostermann, Gerhard Wanner. Geometry by its History. Sprnger, p. 195,196
Cylinder with maximal surface area in a sphere.
Problem: Inscribe in a given sphere of radius \;1\; a cylinder with radius \;y\; and height \;2x\; of maximal surface area.

23.1.15

Espiral de Fermat



No Tratado das Curvas, Gomes Teixeira chama espiral de Fermat a uma curva que, em termos de construção, não acrescenta novidade à espiral de Arquimedes da anterior entrada.
A nossa entrada de hoje aborda só uma construção da Espiral, esclarecendo a definição. Para cada \;Q\; existe um ângulo \;\theta\; e ponto \;D\; sobre \;AB\; tal que \begin{matrix} & \cal{R} (A, \theta)& \\ D& \mapsto & Q\\ \end{matrix} sendo que para cada \;D\; de \;AB\; haverá um \; k: \;0 \leq k\leq 1\; tal que \; D=A+k\times(B-A)\; (ou \; \overrightarrow{AD}= k\times \overrightarrow{AB}):
  • : \; k=0 \Leftrightarrow D=A, \; k=1 \Leftrightarrow D=B\;
  • e para sincronizar os dois movimentos \; k = \displaystyle \frac{\theta}{2\pi}: \;
    \theta=0 \Leftrightarrow k=0 \Leftrightarrow Q=D=A, \; \theta=2\pi \Leftrightarrow k=1 \Leftrightarrow Q=D=B\;
Cada ponto \;R\; é obtido por rotação em torno de \;A\; e ângulo \;\pi+theta\; de um dos pontos D, exatamente \;D=A+\displaystyle \frac{\theta}{2\pi}(B-A)\; que é o mesmo que dizer que \;R\; é obtido como imagem de \;Q\; por meia volta de centro em \;A\;

© geometrias: 20 janeiro 2015, Criado com GeoGebra


A espiral construída é o conjunto de pontos \;\left\{\;Q: \;AQ = \displaystyle \frac{AB}{2\pi} \theta\right\}\; e \;\left\{\;R: \;AQ = \displaystyle \frac{AB}{2\pi} (\theta+\pi)\right\}\; em que são dados \;A, \;B\; e \;\theta\; toma valores no intervalo (de radianos) \;[ 0, \; 2\pi ].
Francisco Gomes Teixeira. Traîté des Courbes Spéciales Remarquables Planes et Gauches (Tome II) Obras sobre Mathemática vol V, Imprimérie de l'Université. Coimbra: 1909