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30.10.13

Cadeias de Steiner entre circunferências não concêntricas e não concorrentes


Será que quaisquer duas circunferências que não se intersetam admitem uma cadeia de Steiner?.

Numa entrada de 6 de Setembro p.p., provámos que duas circunferências não concorrentes podem inverter-se em circunferências concêntricas. Assim as condições para a existência de uma cadeia de Steiner para duas circunferências que não se intersetam podem ser verificadas a partir das suas inversas concêntricas.

Na nossa construção de hoje, tomamos uma circunferência (O) de um certo raio R e determinamos os raios rn,rnR das circunferências (O,rn) para cada uma n=1,,13 das quais, as circunferências (O,R) e (O,rn) admitem uma cadeia de Steiner com n circunferências.
Na figura inicial apresenta-se uma cadeia de Steiner com 13 circunferências. Esta circunferêncais estão invertidas por uma inversão seguida de uma reflexão.



© geometrias, 29 outubro 2013, Criado com GeoGebra

No botão n-seletor pode variar o número de circunferências coloridas tangentes entre si e às duas dadas (de bordo negro). Com o botão de animação (ao fundo à esquerda) pode fazer rodar as circunferências, para perceber como as cadeias se repetem ciclicamente. No botão a vermelho "auxiliares da inversão" acede à reta dos centros, ao centro de inversão e circunferência de inversão, para além reta eixo da reflexão usada.

Escolhemos para circunferência de inversão relativamente a uma circunferência ortogonal à circunferência (O,R) para que a esta seja inversa de si mesma. Desenhámos uma circunferência de raio igual a (O,R) e para centro da inversão a interseção I das tangentes interiores às duas circunferências iguais de tal modo que (O,R), inversa de si mesma, seja imagem por reflexão de eixo perpendicular à reta dos centros das circunferências iguais tirada por I. A circunferência de inversão de centro I passa por todos os pontos de tangência das tangentes interiores às duas circunferências. Assim, a cadeia de Steiner das circunferências excêntricas é obtida por inversão relativamente a (I,IT2) seguida da reflexão relativamente à perpendicular referida tirada por I.

28.10.13

Construção de cadeias de Steiner (em circunferências concêntricas)


Dadas duas circunferências concêntricas (O,OP) e (O,OQ) com OP>OQ, determinar em que condições uma sequência de circunferências que são tangentes interiormente à primeira daquelas e exeriormente à segunda são também tangentes cada uma das que a seguem ou precedem.

© geometrias, 27 outubro 2013, Criado com GeoGebra

Clicando nos botões de navegação ao fundo, pode seguir as etapas da construção Vejamos as condições da figura:

  1. Chamemos R a OP, r a OQ e s a AQ. Para que a circunferência (A) seja a tangente a (O,R) e a (O,r) é preciso que Rr=2s. Para que (B) seja tangente a (A), a (O,R) e (O,r) será preciso que AB=2s ou que s=BM em que M é o ponto médio de AB. O mesmo se passará com (F).
  2. Essas condições permitem desenhar circunferências tangentes nas condições requeridas: (C) tangente a (B), (O,R) e (O,r); (D) tangente a (C), (O,R) e (O,r); .
    Mas nada garante que haja uma circunferência (X) tangente à que a precede e que seja tangente a (F) nas condições requeridas.
    Mas é óbvio que tal acontece se AB=BC==XF=FA, isto é, se os centros das circunferências (A), (B), (X), (F) forem vétrices de um polígono regular inscrito na circunferência de centro O e raio r+s=Rs.
  3. Para que isso aconteça, para que os termos da sequência se repitam ciclicamente (por exemplo de n em n), precisamos que AÔB=2πn em que n seja o número de lados do polígono inscrito em (O,r+s) e, por isso, AÔM=πn e como AMOA=sr+s=sRs=sinπn pode deduzir-se uma nova relação entre R e r que garanta que a sequência seja cíclica. Assim: s=(r+s).sinπns(sinπn1)=r s=(Rs).sinπns(sinπn+1)=R e Rr=sinπn+1sinπn1
Se, para duas circunferências concêntricas C1 e (C2), podemos sempre encontrar uma sequência de n circunferências (Ai) em que (Ai) é tangente a Ai+1, C1 e (C2), desde que se verifique a relação entre raios 2.ai=c1c2 (c1>c2); já para que nessa sequência, (An) seja simultaneamente tangente a An1 e a A1 essa condição não é suficiente e é preciso reforçá-la com c1c2=sinπn+1sinπn1 Às sequências que se repetem ciclicamente chamamos Cadeias de Steiner. Na próxima entrada, estudaremos a existência de cadeias de Steiner para circunferências excêntricas recorrendo ao resultado aqui abordado e à inversão.

23.10.13

Teorema de Feuerbach (enunciado e demonstração)


Dados 3 pontos A1,A2,A3 não colineares, há quatro circunferências tangentes às retas A1A2, A2A3 e A3A1: a de centro I (incentro) a que chamamos inscrita e outras de exincentros Ii a que chamamos exinscritas.

O enunciado do Teorema de Feuerbach é:
A circunferência de nove pontos é tangente às quatro circunferências inscrita e exinscritas
Com recurso à inversão, vamos demonstrar este resultado. A nossa construção parte do triângulo A1A2A3, do qual construímos o circuncírculo e a circunferência de nove pontos (tal como fizemos na entrada anterior com notas sobre a circunferência de nove pontos).


Arsélio Martins, 22 outubro 2013, Criado com GeoGebra


Com os botões de navegação ao fundo da janela de visualização, pode seguir os passos da construção, fixando cada parte que lhe interesse.

Demonstração.:

  1. Debruçamo-nos sobre o triângulo A1A2A3, a circunferência (I) nele inscrita e a exinscrita (I1) (de centros I e I1 sobre a bissetriz interior A11I). Os resultados para as restantes (I2) e (I3) serão obtidos de modo análogo.
    • Tomemos as quatro tangentes a estas duas circunferências (I) e (I1) que determinam duas homotetias de uma na outra: por um lado, a homotetia de centro A1 definida pelas duas tangentes exteriores A1A2 e A1A3; por outro a homotetia de centro K na interseção de II1 com A2A3,já que esta última é tangente interior comum a (I) e (I1).
    • A2A3 e XX1 têm o mesmo ponto médio (ver a entrada em que esse resultado é abordado.
    • Do triângulo A1KA3 e do triângulo retângulo IA3I1, considerando segmentos orientados, retiramos que (A1K;II1)=1 (ver inversão de círculos de apolónio). Como H1,X,X1 são os pés das perpendiculares a A2A3, tiradas por A1,I,I1 e a projeção preserva a razão dupla, então (H1K;XX1)=1, ou H1XXKH1X1X1K=1 Considerando comprimentos dos segmentos: H1XXK=H1X1X1K e, como H1X=H1M1M1X,H1X1=H1M1+M1X1,XK=XM1M1K,X1K=X1M1+M1K, podemos escrever H1M1M1XXM1M1K=H1M1+M1X1X1M1+M1K equivalente a (H1M1M1X)×(X1M1+M1K)=(XM1M1K)×(H1M1+M1X1) que desenvolvendo fica H1M1×X1M1+H1M1×M1KXM1×X1M1M1X×M1K= =XM1×H1+XM1×M1X1M1K×H1M1M1K×M1X1 e, por ser M1X=M1X1, se simplifica em 2H1M1×M1K=2MX2 M1K×M1H1=M1X2=M1X21
  2. Tomemos agora a circunferência de centro em M1 e raio M1X1 para circunferência de inversão.
    • O resultado anterior é prova de que H1 é o correspondente de K pela inversão I(M1,M1X2)
    • Os círculos (I) e (I1) invertem-se em si mesmos já que são ortogonais à circunferência de inversão: I1X1, raio de (I1), é tangente a (M1) e perpendicular ao seu raio M1X1 que é tangente a (I1).
    • Como a circunferência dos nove pontos (N) passa por M1, centro da inversão, tem para inversa um reta (N) que passa por K (inverso de H1 que é ponto de (N)) e é paralela à tangente a (N) no ponto M1.
  3. A inversa de (N) contém uma corda comum a (M1) e a (N), logo perpendicular a M1N, paralela a H2H3.
  4. H2 é um ponto da circunferência de diâmetro A2A3 (centro em M1) já que A2H2H2A3. H3 pertence à mesma circunferência de diâmetro A2A3, já que A3H3H3A2.
    • Quer dizer que H2,H3,A2,A3 estão sobre uma circunferência (concícliicos), sendo por isso A1A2A3+H3H2A3=180o e A1A3A2+A2H3H2=180o, situação que se mantém para qualquer reta paralela a H2H3
    • Ora (N) é paralela à tangente a N em M1 e paralela a H2H3, tal como é a reta tangente a (I) tirada por K. E por K só passa uma paralela a H2H3.
    • A inversa de (N), (N), é, pois, a tangente a (I) e a (I1) tirada por K, ou seja, EF,
  5. Como EF é tangente a (I) e (I1), inversas de si mesmas por I(M1,M1X2), e (N), inversa de EF, também é tangente a (I) e (I1) (cada uma inversa de si mesma).

11.10.13

Teorema de Feuerbach (nota sobre a circunferência de 9 pontos)

A circunferência de nove pontos (ou de Feuerbach) foi referida neste "lugar geométrico" muitas vezes. Antes da demonstração propriamente dita do chamado Teorema de Feuerbach (usando a inversão geométrica), estudamos a existência e unicidade (?) de tal circunferência para cada trângulo.

Circunferência de 9 pontos, Euler ou Feuerbach

Para um triângulo qualquer, de vértices Ai tomam-se os seguintes pontos: Mi,médios dos lados; Hi, pés das alturas; Ei, pontos médios dos segmentos das alturas entre o ortocentro e cada vértice. Prova-se que estes 9 pontos estão sobre uma circunferência de raio igual a metade do circunraio e centro no ponto médio entre circuncentro e ortocentro.

A.Martins, 10 outubro 2013, Criado com GeoGebra

Demonstração.:

    • Porque o triângulo A2H3S3 é retângulo em H3 e A2H1A1 é retângulo em H1, são iguais os ângulos A2A3S3 e A2A1S1 por serem complementares de A1A2A3. E, por estarem inscritos no mesmo arco A2S1, são iguais os ângulos A1A2S1 e A2A3S1 : A2A3S3=A2A1S1=A2A3S1
    • Assim, são congruentes os triângulos retângulos em H1 HH1A3 e S1H1A3 e, em consequência, H1 é o ponto médio de HS1
    • Do mesmo modo, se pode concluir que H2 é o ponto médio de HS2 e H3 é o ponto médio de HS3
    • ´
    • Consideremos agora o circundiâmetro A1T1: T1A3A2H porque são ambas perpendiculares a A1A3 e A3HT1A2 porque são ambas perpendiculares a A1A2.
    • Por isso, HA2T1A3 é um paralelogramo cujas diagonais HT1 e A2A3 se bissetam. E o ponto M1, médio de A2A3, é também o ponto médio de HT1
    • Do mesmo modo, se concluiria que M2, médio de A1A3, é também o ponto médio de HT2 e que M3, médio de A1A2, é também o ponto médio de HT1
    • A homotetia de centro H e razão 12 transforma a circunferência azul na circunferência vermelha, já que a cada um dos 3 pontos Si corresponde um dos pontos Hi (por 1.) e também a cada um dos pontos Ti corresponde um dos pontos Mi (por 2.)
    • Cada vértice Ai do triãngulo e da circunferência azul circunscrita, pela mesma homotetia, tem correspondente Ei incidente na circunferência vermelha e em HAi. Porque a razão da homotetia é 12, cada Ei é ponto médio de HAi
    • Para concluir: pela mesma homotetia, o centro O é transformado num ponto N (centro da homotética vermelha) incidente em HO e seu ponto médio.
Ficou assim provado que para um triângulo qualquer, há uma circunferência que passa pelos 3 pontos médios dos lados, pelos 3 pés das alturas, e pelos 3 pontos médios dos segmentos das alturas entre o ortocentro e os respetivos vértices.
Esta circunferência é nomeada por circunferência dos 9 pontos (pelos anglófonos :-), de Euler (pelos francófonos :-) ou de Feuerbach (pelos germanófonos :-)

9.10.13

Determinar o lugar geométrico do segundo ponto de interseção das circunferências tangentes a duas, tangentes entre si, e que passam por um ponto do eixo radical destas duas circunferências dadas.




Levando em conta as duas últimas entradas, vamos determinar o lugar geométrico do segundo ponto de interseção das circunferências tangentes a duas, tangentes entre si, e que passam por um ponto do eixo radical destas duas circunferências dadas.
Na nossa construção, partimos de duas circunferências (O) e (P) tangentes em T. Tomamos o eixo radical (a negro) das duas circunferências que, neste caso, é a perpendicular a OP tirada por T que é a única reta tangente às duas circunferências no ponto T. E sobre o eixo radical, tomamos um ponto M qualquer. E determinamos, como feito na entrada de 7 de Outubro as circunferências que passam por M e são tangentes às circunferências (O) e (P) dadas.
Como se vê na figura abaixo, essas duas circunferências, determinadas com recurso à inversão I(T,TM2), em comum têm dois pontos, para além de M, M, variando este quando M se desloca sobre o eixo radical.
Vamos determinar o lugar geométrico dos pontos M quando M percorre o eixo radical.



As duas circunferências que passam por M e são tangentes às circunferências (O) e (P): uma delas (verde) é tangente a (O) em A e tangente a P em A; a outra (azul topázio) é tangente a (O) em B e a (P) em B. Referindo-nos aos resultados da entrada de 7 de Outubro p.p. sobre Inversão e Homotetia, sabemos que AA e BB passam pelo centro comum de homotetias várias definidas por pares de circunferências homotéticas tangentes duas a duas: uma (direta) que transforma (O) em (P) e outras, as que transformam (P) na circunferência verde (tangente), ou (O) na circunferência azul topázio (tangente)...
Como vimos então A e A são tais que HA×HA=HT2 Pela mesma razão, sendo M o segundo ponto de interseção de HM com a circunferência verde (ou com a azul topázio), M e M são tais que HM×HM=HT2 Assim, uma circunferência que passe por M e M e seja tangente a uma das (O) ou (P) é tangente à outra. M é o segundo ponto de interseção das circunferências que passam por M e são tangentes a (O) e a (P).
E de HM×HM=HT2 também se retira que, pela inversão I(H,HT2), aos pontos M do eixo radical correspondem os pontos M, ou seja, os pontos M encontram-se sobre a circunferência inversa do eixo radical das circunferências (O) e (P), que tem como diâmetro TH.
Th. Caronnet, Éxercices de Géométrie, Vuibert. Paris:1947
Howard Eves, Fundamentals of Modern Elementary Geometry . Jones and Bartlett Pub. Boston:1992

7.10.13

Inversão e Homotetia.

Na entrada Conservação dos ângulos por inversão (2) ilustrámos e demonstrámos o seguinte resultado:
A inversa por I(O,r2) de uma circunferência que não passa por O é uma circunferência homotética da original. O ângulo que a tangente num ponto qualquer P desta circunferência faz com OP é congruente com o ângulo que OP faz com a tangente à inversa em P .
Dito de outro modo, as tangente em P e em P são imagens uma da outra por reflexão de eixo perpendicular a OP no ponto médio de PP

No caso da construção que apresentamos a seguir, retomamos esse resultado partindo de duas circunferências tangentes num ponto T. Temos uma homotetia de centro H que transforma a circunferência de centro O na circunferência de centro P e a circunferência com centro em H e raio HT define uma inversão que faz corresponder à circunferência de centro P a circunferência de centro O.


A reta, tirada por H, que corta cada uma das circunferências em dois pontos, define pares de pontos (D,A) e (C,B) correspondentes pela homotetia e pares de pontos (C,A) e (D,B) correspondentes pela inversão I(H,HT2).
HAHD=HBHC=razão da homotetia de centro H da circunferência (P) para O HA×HC=HB×HD=HT2=potência da inversão para além de HC×HD=HR2=potência de H relativamente à circunferência de centro em P A razão de homotetia que transforma a circunferêcnia de centro P na circunferência de centro O é afinal a razão das potências de inversão e do ponto H relativamente à circunferência de centro P, já que HC=HT2HAHC=HR2HD e, em consequência, HT2HA=HR2HD ou seja HAHD=HT2HR2
Os triângulos isósceles BOA e CPD são semelhantes, sendo OBPC e OAPD.
A e C são inversos e correspondentes por reflexão relativamente á mediatriz de AC. Também B e D são inversos e correspondentes por reflexão relativamente á mediatriz de BD

Th. Caronnet, Éxercices de Géométrie, Vuibert. Paris:1947
Howard Eves, Fundamentals of Modern Elementary Geometry . Jones and Bartlett Pub. Boston:1992

Determinar circunferências tangentes a duas outras tangentes entre si - um caso simples.



Nesta entrada, estudamos uma construção, com recurso à inversão, de circunferências tangentes a duas circunferências dadas que são tangentes entre si.
Nesta entrada, estudamos uma construção, com recurso à inversão, de circunferências tangentes a duas circunferências dadas que são tangentes entre si.
Na nossa construção, partimos de duas circunferências (O) e (P) tangentes em T. Tomamos o eixo radical Δ (g) das duas circunferências que, neste caso, é a perpendicular a OP tirada por T que é a única reta tangente às duas circunferências no ponto T. E sobre Δ, tomamos um ponto M qualquer. Vamos determinar as circunferências que passam por M e são tangentes às circunferências (O) e (P) dadas.



Se tomarmos uma inversão - I(T, TM2) - M é inverso de si mesmo por ser um ponto da circunferência de inversão e Δ é inversa de si mesma por passar pelo centro da inversão. Δ terá dois pontos que são auto-inversos, para além de M, o outro extremo do diâmetro da circunferência de inversão sobre Δ. E
  • por passar pelo centro de inversão T, a circunferência (O) tem por inversa uma reta que passa pelos pontos de interseção dela com a circunferência de inversão quando se intersetam
  • pelas mesmas razões, a circunferência (P) terá por inversa uma reta (para cada elemento e seu inverso, a mesma cor).
Como a inversão preserva a tangência, bastará determinar as circunferências que passam por M e são tangentes às retas inversas de (O) e (P). Os centros dessas circunferências serão equidistantes dessas retas e de M. Há obviamente duas circunferências (azul topázio e verde).
Por I(T, TM2) a estas circunferências correspondem duas circunferências passando por M e cada uma delas tangente às circunferências dadas, uma tangente exteriormente e outra tangente interiormente

Th. Caronnet, Éxercices de Géométrie, Vuibert. Paris:1947
Howard Eves, Fundamentals of Modern Elementary Geometry . Jones and Bartlett Pub. Boston:1992