25.6.06
Dividir um triângulo em dois
Vamos dividir um triângulo em dois polígonos equivalentes por uma recta perpendicular a um dos lados? Vamos.
Como determinar [DE] perpendicular a AB que divida [ABC] em dois polígonos equivalentes
[A.A.M]
Como determinar [DE] perpendicular a AB que divida [ABC] em dois polígonos equivalentes
- Tomámos um triângulo de vértices A, B, C e lados a=BC, b=CA e c=AB. Considerámos também um ponto U e por ele, uma reta r paralela a c. Pode mover o ponto U e com ele a reta r.
- Considerado o ponto M médio de AB, tomámos a circunferência de centro U e raio AM ou MB e o ponto P um dos pontos comuns a r e (U, MB).
-
E o ponto Q de r: PQ=BHc, sendo H_c o pé da perpendicular a AB tirada por C:
CH_c é uma altura do triângulo [ABC] sendo a área deste metade de AB*CHc.
Q é um dos dois pontos comuns a r e à circunferência (P, BHc)
-
A circunferência de diâmetro QU tem centro R: RU=UQ.
E é intersectada em S pela perpendicular a (r ou a ) AB tirada por P. - A circunferência de centro B e raio PS intersecta BA em D, ou seja BD=PS e a perpendicular a AB tirada por D intersecta BC em E que, os calculados BD*DE e da figura DBE nos leva a pensar (conjecturar) que é esta DE (assim determinada) quem divide ABC em dois polígonos [ADEC] e [DBE] equivalentes.
- ?
[A.A.M]
24.6.06
Partindo um quadrilátero em dois...
Há um mês atrás, a 24 de Maio, tínhamos proposto alguns problemas de divisão em partes equivalentes. Voltamos a eles como propostas de exercícios interactivos. Manda o culto mariano que o último deles, de aparência simples, seja o primeiro. Assim seja:
Determinar E (sobre [AB]) tal que [DE] divide o quadrilátero [ABCD] em dois polígonos equivalentes.
Vejamos então a resolução (proposta por Mariana Sacchetti)
Traçámos as retas AB e DB. Por C traçámos uma reta paralela a DB que interseta AB em F.
Os trângulos [DBC] e (DBF] têm a mesma área pois têm a mesma base [DB] e a mesma altiura, distância entre as retas paralelas DB e CF.
Então, o quadrilátero [ABCD] e o triângulo [ADF] são polígonos equivalentes.
A mediana [DE] do triângulo [ADF] divideo-o em dois triângulos equivalentes, logo divide o quadrilátero [ABCD] em dois polígonos equivalentes.
Determinar E (sobre [AB]) tal que [DE] divide o quadrilátero [ABCD] em dois polígonos equivalentes.
Vejamos então a resolução (proposta por Mariana Sacchetti)
Os trângulos [DBC] e (DBF] têm a mesma área pois têm a mesma base [DB] e a mesma altiura, distância entre as retas paralelas DB e CF.
Então, o quadrilátero [ABCD] e o triângulo [ADF] são polígonos equivalentes.
A mediana [DE] do triângulo [ADF] divideo-o em dois triângulos equivalentes, logo divide o quadrilátero [ABCD] em dois polígonos equivalentes.
14.6.06
Dividir de forma rigorosa
António Aurélio continua a propor combates como se fossem problemas. Como exercícios interactivos aparecem por aqui. E é inevitável serem propostos como combates geométricos. Podem começar a resolver:
1. Dado um triângulo [ABC], determinar um ponto O no seu interior tal que os triângulos [OAB], [OBC] e [OCA] sejam equivalentes.
2. Por um ponto P exterior a um círculo de centro O, tirar uma secante PAB, tal que a área do triângulo [OAB] seja máxima.
3. Dado um círculo, traçar uma circunferência concêntrica que o divida em duas partes equivalentes.
4. Dividir um triângulo em duas partes equivalentes por uma recta tirada por um ponto de um dos seus lados.
5. Dividir um triângulo [ABC] por paralelas a BC, em 3 partes cujas áreas sejam proporcionais a três comprimentos dados.
1. Dado um triângulo [ABC], determinar um ponto O no seu interior tal que os triângulos [OAB], [OBC] e [OCA] sejam equivalentes.
2. Por um ponto P exterior a um círculo de centro O, tirar uma secante PAB, tal que a área do triângulo [OAB] seja máxima.
3. Dado um círculo, traçar uma circunferência concêntrica que o divida em duas partes equivalentes.
4. Dividir um triângulo em duas partes equivalentes por uma recta tirada por um ponto de um dos seus lados.
5. Dividir um triângulo [ABC] por paralelas a BC, em 3 partes cujas áreas sejam proporcionais a três comprimentos dados.
8.6.06
Terceiro despertar dos geómetras.
Para obtermos o incentro de um triângulo [ABC] temos de traçar, como é sabido, as bissectrizes dos ângulos internos do triângulo: obtemos um ponto, habitualmente designado por I - incentro, que tem esta propriedade de ser equidistante dos três lados. Desenhamos assim uma circunferência de (in-)raio r - círculo inscrito - tangente aos três lados do triângulo.
Pois bem, é possível desenhar mais três circunferências tangentes aos três lados, agora externamente ao triângulo - círculos exinscritos. Para obter, por exemplo, o círculo exinscrito no ângulo de vértice A, basta traçar as bissectrizes externas dos ângulos com vértices em B e C. Designaremos por Ia, Ib, Ic os centros das três circunferências exinscritas.
Notas: A bissectriz interna do ângulo em A passa por I e por Ia, a bissectriz interna do ângulo em B passa por I e por Ib, a bissectriz interna do ângulo em C passa por I e por Ic. As bissectrizes interna e externa de um ângulo são perpendiculares.
[A.A.F.]
Propriedades.
A área de um triângulo é dada pelo produto do semi-perímetro pelo raio r do círculo inscrito.
As circunferências BCIa, CAIb, ABIc intersectam-se em I.
Os pontos Ia, Ib, Ic formam um triângulo que tem por alturas as bissectrizes dos ângulos internos.
Os pontos médios dos segmentos que unem cada exincentro ao incentro pertencem ao círculo circunscrito.
ra + rb + rc= r + 4 R (r: in-raio; I: incentro; R: circum-raio; O: circuncentro; ra: exin-raio, etc)
|OMa| + |OMb| + |OMc|= r+R
|OI|2 = R (R -2 r)
|OIi|2= R (R + 2ri), em que i = a, b, c.
A potência do incentro em relação ao círculo circunscrito é dada por 2rR.
A potência de cada exincentro em relação ao círculo circunscrito é dada por 2ri R, com i = a, b, c.
Seja T1 o ponto de tangência do círculo inscrito com AB e T2 o ponto de tangência do círculo exinscrito no ângulo de vértice A com AB e seja p o semi-perímetro do triângulo. Demonstra-se que:
|AT2| = p, |AT1| = p - |BC| e |T1T2| = |BC|.
B e C estão sobre a circunferência de diâmetro [IIa]
[A.A.F.]
Pois bem, é possível desenhar mais três circunferências tangentes aos três lados, agora externamente ao triângulo - círculos exinscritos. Para obter, por exemplo, o círculo exinscrito no ângulo de vértice A, basta traçar as bissectrizes externas dos ângulos com vértices em B e C. Designaremos por Ia, Ib, Ic os centros das três circunferências exinscritas.
Notas: A bissectriz interna do ângulo em A passa por I e por Ia, a bissectriz interna do ângulo em B passa por I e por Ib, a bissectriz interna do ângulo em C passa por I e por Ic. As bissectrizes interna e externa de um ângulo são perpendiculares.
[A.A.F.]
|AT2| = p, |AT1| = p - |BC| e |T1T2| = |BC|.
[A.A.F.]
António Aurélio Fernandes informa:
Estas notas ajudam a resolver os exercícios 213, 214, 279, 373, 385 do Geometriagon