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20.11.18

E se for a roda maior a rolar tangente à menor…


A entrada anterior sugeriu-nos esta com naturalidade.
Não é preciso fazer qualquer raciocínio novo. A roda de centro \;A\; tem raio \;1,5\; é tangente (em \;B\;) à roda de centro \;C\; que tem raio \;3.\; Mostramos ainda o ponto \;D,\; extemidade do diâmetro de \;(C, 3)\; oposta a \;B.\; Já sabemos que a uma rotação de \;B\; em torno de \;A\; de um ângulo de amplitude \;\alpha\; radianos corresponde um arco de \;(A)\; de comprimento \;1,5 \times \alpha\; em que incidem os pontos de tangência das duas rodas dadas quando \;(C)\; vai rolando (assumindo as posições \;(C')\; imagens de \;(C)\; pelas rotações de ângulos entre \;B\; - ângulo \;0\; - e \;T\; - amplitude de \;alpha\; -) que no rolamento sem arrastamento é igual em comprimento a um arco de \;(C)\; - \; 1,5 \times \alpha= \frac{1}{2}(3 \times \alpha)\;
Por ser \widehat{BCB'}=\widehat{BAT}=\widehat{TC'T'}\;
em que T' é um representante das posições do ponto \;B\; considerado fixo em \;(C)\; tomado inicialmente cuja trajectória nos interessa.



Quando \;(C)\; roda em torno de \;A\; tangente a \;(A)\; de uma volta completa \; 0 \leq \alpha \leq 2\pi \; os pontos \;T'\; são posições assumidas numa semicircunferência de \;(C)\; ou seja começando em \;B\; chegam a \;D\; após a volta completa de rolamento em torno de \;(A).\; Seria precisa mais uma volta completa para voltar à posição \;B\; inicial. No intervalo \;[0, \; 2\pi]\; as posições \;T\; percorrem \;(A)\; e as posições \;T'\; em \;(C')\; que correspondem a posições \;B'\; em \;(C)\; percorrem uma curva espiralcom início em \;B\; e interrompida em \;D\; extremidade oposta no diâmetro de \;(C)\;. De \;[2\pi, \; 4\pi]\; as posições de \;T'\; vão em espiral de \;D\; a \;B\; imagem do anterior ramo de espiral por reflexão relativamente à meta \;CA \; - partida e chegada do circuito.

15.11.18

Epicicloide


Nesta entrada, ilustraremos o caso da trajectória de um ponto fixo relativamente a uma circunferência exteriormente tangente a outra sobre a qual a primeira rola sem arrastamento, tal como na entrada anterior. Neste caso, a circunferência carril terá raio duplo do raio da circunferência ou roda que rola sempre à tangente. Já foi referido antes que rolamento sem arrastamento de uma circunferência \;(C,\;s)\; tangente a uma circunferência \;(A,\;r)\; exige que, para um dado valor de ângulo \;\alpha \; de rotação de \;(C, \;s)\; em torno de \;A,\; o comprimento do arco de \;(A,\; r)\; - \;r\times \alpha -\; correspondente ao ângulo ao seu centro de amplitude \;\alpha, \; entre dois dos seus pontos (de tangência) terá de ser igual em comprimento ao arco de \;(C,\;s)\; - \;s\times \beta -\; correspondente ao seu ângulo ao centro de amplitude \;\beta \; entre o primeiro ponto de tangência de partida e o correspondente à sua rotação em torno de \;C\; da outra em torno de \;A.\; Resumindo:
Rolamento sem deslizamento de uma circunferência de raio s tangencial exteriormente a uma circunferência de raio r exige que \;s\beta = r\alpha, \; ou seja, \; \beta = \frac{r}{s} \alpha .\;

No caso de \;r=2s\; o comprimento percorrido por um ponto \;B\; quando roda em torno de \;C\; tem de ser feito duas vezes para percorrer o correspondente comprimento quando roda em torno de \;A\; de um ângulo \;\alpha\; que tem comprimento duplo do comprimento percorrido entre os dois pontos de tangência em \;(A,\;r).\; Na figura que se segue, os raios têm comprimentos \;r=3, \; s=1,5\;



Como esperávamos, \; T' = Rot(T,2\alpha, C) \; parte de B e volta a B ao fim de uma volta completa de \;T \in [0, \;2\pi]\; em torno de \;A\; que corresponde a rotação de duas voltas \;T'\; em torno de \;C'\; (ou duas voltas de \;B'\; em torno de \;C.\;) Também fica claro que \;T'\; toca \;(A, \;3)\; noutra posição para além de \;B\; correspondente a \; \alpha = \pi = \displaystyle \frac{1,5}{3}\times 2\pi \; - o que nos esclarece porque temos duas pétalas completas.....