Processing math: 100%

15.11.18

Epicicloide


Nesta entrada, ilustraremos o caso da trajectória de um ponto fixo relativamente a uma circunferência exteriormente tangente a outra sobre a qual a primeira rola sem arrastamento, tal como na entrada anterior. Neste caso, a circunferência carril terá raio duplo do raio da circunferência ou roda que rola sempre à tangente. Já foi referido antes que rolamento sem arrastamento de uma circunferência \;(C,\;s)\; tangente a uma circunferência \;(A,\;r)\; exige que, para um dado valor de ângulo \;\alpha \; de rotação de \;(C, \;s)\; em torno de \;A,\; o comprimento do arco de \;(A,\; r)\; - \;r\times \alpha -\; correspondente ao ângulo ao seu centro de amplitude \;\alpha, \; entre dois dos seus pontos (de tangência) terá de ser igual em comprimento ao arco de \;(C,\;s)\; - \;s\times \beta -\; correspondente ao seu ângulo ao centro de amplitude \;\beta \; entre o primeiro ponto de tangência de partida e o correspondente à sua rotação em torno de \;C\; da outra em torno de \;A.\; Resumindo:
Rolamento sem deslizamento de uma circunferência de raio s tangencial exteriormente a uma circunferência de raio r exige que \;s\beta = r\alpha, \; ou seja, \; \beta = \frac{r}{s} \alpha .\;

No caso de \;r=2s\; o comprimento percorrido por um ponto \;B\; quando roda em torno de \;C\; tem de ser feito duas vezes para percorrer o correspondente comprimento quando roda em torno de \;A\; de um ângulo \;\alpha\; que tem comprimento duplo do comprimento percorrido entre os dois pontos de tangência em \;(A,\;r).\; Na figura que se segue, os raios têm comprimentos \;r=3, \; s=1,5\;



Como esperávamos, \; T' = Rot(T,2\alpha, C) \; parte de B e volta a B ao fim de uma volta completa de \;T \in [0, \;2\pi]\; em torno de \;A\; que corresponde a rotação de duas voltas \;T'\; em torno de \;C'\; (ou duas voltas de \;B'\; em torno de \;C.\;) Também fica claro que \;T'\; toca \;(A, \;3)\; noutra posição para além de \;B\; correspondente a \; \alpha = \pi = \displaystyle \frac{1,5}{3}\times 2\pi \; - o que nos esclarece porque temos duas pétalas completas.....

9.11.18

Roda a rolar tangencialmente e pelo exterior de outra roda


O problema que sugeriu a abordagem do estudo das trajectórias de pontos de uma roda quando ela roda, sem deslizar, tangencialmente a outra roda foi sugerido pelo enunciado
Suppose a círcle of radíus r uníts Is rolled around the outsíde of a clrc1e of radius R uníts, R> r. If a marking instrument is attached to the smaller círcle at a particular poínt P, then the pattern created by this markíng instrument and the statíonary large circle will be that of a stylízed, petaled flower, provided r and R are related ln a special way. What is this specíal way in which r and R must be related in arder that there will be no "partial petals"?
lido da pagina 17 de Geometry / Axiomatic Developments with Problem Solving de Earl Perry, (publicado pela Marcel Dekker, Inc. NewYork:1992)




Tomemos uma circunferência de centro \;A\; raio \;2\; e, sobre ela, um ponto \;B.\; Tomemos outra circunferência tangente à primeira em \;B.\; Nesta entrada, consideremos esta circunferência de centro \;C\; e de raio \;2.\;\; C,\; B,\; A\; são colineares e \;CB=BA=2,\; que constituem os elementos de uma partida e chegada da experiência para estudo da trajectória de um ponto \;B\; fixo de \;(C,\;2)\; quando acompanha esta na sua deslocação tangencial a \;(A,\;2)\;

Quando a circunferência \;(C, \;2)\; rodar em torno de \;A\; de um ângulo \; \alpha, \; tangencialmente percorre um arco de comprimento \;2\alpha\; enquanto o seu centro \;C\; percorre um arco de \;\;(A, \;4)\; de comprimento \;4.\alpha.\; Considerada \;(C, \;B)\; a posição inicial, após rodar \;\alpha\; em torno de \;A\; ocupa uma posição \;(C',\;T)\; em que \;T\; é o novo ponto de tangência das duas rodas \;(A, \;2),\;(posição fixa) e \;(C, \;2)\; (posição variável tangente à primeira). Ao rodar sem arrastamento, \;B\; de \;(C,\;2)\; passa à posição \;F\; de \;(D,\;2)\; (correspondente à posição \;E\; de \;(C, \;2)\; caso esta rodasse em torno de \;C\; sem mudar de posição, o que é o mesmo que dizer sem rolar, já que o ponto de tangência manter-se-ia na posição do ponto \;B\; de \;(A, \;2).\;) Dizer que \;(C, \;2)\; rola sem deslizar tangencialmente a \;(A, \;2)\; é dizer que as posições dos pontos de tangência \;T\; ocupam um arco \; \widehat{BOT}\; da circunferência \;(A, \;2]\; de comprimento igual ao dos arcos \; \widehat{BCE}\; de \;(C,\;B)\; e \; \widehat{TC'F}\; de \;(C',\;2)\; que, para cada valor de \;\alpha, \; é, no caso da nossa construção, \; 2\alpha .\;

Na nossa construção dinâmica, abaixo apresentada, pode deslocar o cursor (esquerda alta) para variar o ângulo \;\alpha \; de rotação e ver a evolução do rolamento e do comportamento de \;(C')\; e dos seus pontos. E pode sempre limpar o desenho, clicando no botão de reiniciar na direita alta






O que nos interessa será ver a trajectória do ponto \;F\; (variável com as posições \;(C',\;T),\; cada uma delas correspondente a um dos valores de \;\alpha\; em \;[0, \; 2\pi],\; no caso da nosssa construção).

Na esquerda baixa
  • Os botões \;\fbox{  >  }\; \mbox{e} \;\fbox{  ||  } \; permitem animar o rolamento e fazê-lo parar em qualquer momento.
  • Clicando sobre a caixa \;\fbox{   \\   }\; obtém o lugar geométrico dos pontos \;F\; (em função de \; \alpha\;) e
  • verificar que, no caso deste rolamento em que ambas as circunferências têm o mesmo raio, ao fim de uma volta completa - \; 0 ≤\alpha ≤ 2\pi \; - \;F\; parte de \;B\; e chega a \;B\; sem tocar noutro ponto de \;(A, \;2)\; o que significa que se obtém uma flor em volta de \;(A)\; de uma só pétala……… inteira e cordial
    em forma de coração ou cardióide.