Só com compasso, dividir em quatro arcos iguais uma dada circunferência.
\fbox{1}:\; Com centro num ponto \;O\; há uma infinidade de circunferências; designamos essa família por \;(O).\; Cada uma das circunferências daquela família fica bem definida se lhe associarmos o número que corresponda à distância única a que se encontram os seus pontos do seu centro - raio \;r\;. Um elemento da família \;(O)\; pode designar-se por \;(O, \;r)\; ou por \;(O, \;P)\; sendo \; OP=r\; Considere dada a circunferência a apresentada.
\fbox{3}:\;Fica bem determinada uma circunferência de centro em \;A\; a passar por \;O\; que pode ser representada por \;(A, \;O),\; ou por \;(A, \;r).\; pois \;AO = OA = r.\; Ficam bem determinados dois pontos na intersecção \;(O, \;r). (A, \;r)\; tomamos um deles que designamos por \;B\;: OA=AB=\; =BO=r.\;
\fbox{4}:\; A circunferência \;(B, \;O)\; centrada em \;B\; que passa por \;O\; intersecta \;(O,A)\; em dois pontos: \;A\; e um outro a que chamamos \;C\; sendo \;OA=AB=BC=CO=r\;
\fbox{5}:\; Do mesmo modo, a circunferência \;(C, \;O)\; intersecta \;(O, \;r)\; em dois pontos sendo um deles \;B\; e outro a que chamamos \;D,\; sendo \;OB=BC=CD=DO=r\;
Resumindo: os triângulos \;[AOB], \;[BOC],\;[COD]\; são equiláteros e iguais e, por isso, é raso o ângulo \;AÔD = AÔB+BÔC+CÔD\; e \;A,\; O,\; D\; são colineares ou seja \;AD\; é um diâmetro de \;(O\;r)\; dividindo-a em duas semi-circunferências.
\fbox{6}:\; Usando circunferências (compassos) podemos determinar pontos equidistantes de \;A\; e \;D\; para além de \;O\;. Por exemplo, as intersecções \;(A, \;C).(D,\;B)\; são pontos equidistantes de \;A\; e \;D\; já que \;[ABC]\; e \;[BCD]\; são triângulos isósceles iguais por terem um lado comum igual aos outros dois \;AB=BC=CD \; de onde se tira que \;AC=BD\;. Tomemos um desses, por exemplo, \;E\; ponto da mediatriz do diâmetro \;[AD].\;
Sabemos que \;C\; e \;E\; são pontos da mesma circunferência \;(A, \;C) e por isso \;AC=AE.\; E sabemos também que o triângulo \;[ACD]\; está inscrito na circunferência \;(O,\; r)\; e, por isso, é um triângulo retângulo em \;C\; de hipotenusa \;AD,\; de onde decorre que \;AD^2= AC^2+CD^2,\; ou seja \;4r^2=AE^2 +r^2 \equiv AE^2=3r^2\;.
Também \;[AEO]\: é um triângulo rectângulo. De catetos \;EO, \;OA\; e hipotenusa \;EA, \; logo é \;EO^2+OA^2=EA^2,\; ou seja \;EO^2 =3r^2-r^2=2r^2.\;
\fbox{7}:\; Tomando para centros os extremos do diâmetro \; A\; ou \;D\; e raios iguais a \;OE\;, as circunferências \;(A, \;OE)\; e \;(D, \;OE]\; intersectam-se em dois pontos \; F, \;G:\; AF=DF=AG=DG=OE. \;
\;[AFD]\;é um triângulo isósceles de altura \;FO:\; FO^2 +OA^2 =AF^2=OE^2, \; ou seja \;FO^2=2r^2-r^2=r^2\; e isso faz de \;F\; um ponto de \;(O, \;r).\; De forma análoga, se prova que \;G, \; também ponto de \;(A,\;OE),\; incide em \;(O, \;r).\;
Podemos concluir que os pontos \;G, \;D,\; F,\;A\; de \;(O,\;r)\; são tais que \;GD=DF=FA=
=AG\;
Howard Eves. Fundamentals of Moderno Elementary Geometry.Jones and Bartlett Publishers. Boston:1992.