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7.10.13

Inversão e Homotetia.

Na entrada Conservação dos ângulos por inversão (2) ilustrámos e demonstrámos o seguinte resultado:
A inversa por I(O,r2) de uma circunferência que não passa por O é uma circunferência homotética da original. O ângulo que a tangente num ponto qualquer P desta circunferência faz com OP é congruente com o ângulo que OP faz com a tangente à inversa em P .
Dito de outro modo, as tangente em P e em P são imagens uma da outra por reflexão de eixo perpendicular a OP no ponto médio de PP

No caso da construção que apresentamos a seguir, retomamos esse resultado partindo de duas circunferências tangentes num ponto T. Temos uma homotetia de centro H que transforma a circunferência de centro O na circunferência de centro P e a circunferência com centro em H e raio HT define uma inversão que faz corresponder à circunferência de centro P a circunferência de centro O.


A reta, tirada por H, que corta cada uma das circunferências em dois pontos, define pares de pontos (D,A) e (C,B) correspondentes pela homotetia e pares de pontos (C,A) e (D,B) correspondentes pela inversão I(H,HT2).
HAHD=HBHC=razão da homotetia de centro H da circunferência (P) para O HA×HC=HB×HD=HT2=potência da inversão para além de HC×HD=HR2=potência de H relativamente à circunferência de centro em P A razão de homotetia que transforma a circunferêcnia de centro P na circunferência de centro O é afinal a razão das potências de inversão e do ponto H relativamente à circunferência de centro P, já que HC=HT2HAHC=HR2HD e, em consequência, HT2HA=HR2HD ou seja HAHD=HT2HR2
Os triângulos isósceles BOA e CPD são semelhantes, sendo OBPC e OAPD.
A e C são inversos e correspondentes por reflexão relativamente á mediatriz de AC. Também B e D são inversos e correspondentes por reflexão relativamente á mediatriz de BD

Th. Caronnet, Éxercices de Géométrie, Vuibert. Paris:1947
Howard Eves, Fundamentals of Modern Elementary Geometry . Jones and Bartlett Pub. Boston:1992

Determinar circunferências tangentes a duas outras tangentes entre si - um caso simples.



Nesta entrada, estudamos uma construção, com recurso à inversão, de circunferências tangentes a duas circunferências dadas que são tangentes entre si.
Nesta entrada, estudamos uma construção, com recurso à inversão, de circunferências tangentes a duas circunferências dadas que são tangentes entre si.
Na nossa construção, partimos de duas circunferências (O) e (P) tangentes em T. Tomamos o eixo radical Δ (g) das duas circunferências que, neste caso, é a perpendicular a OP tirada por T que é a única reta tangente às duas circunferências no ponto T. E sobre Δ, tomamos um ponto M qualquer. Vamos determinar as circunferências que passam por M e são tangentes às circunferências (O) e (P) dadas.



Se tomarmos uma inversão - I(T, TM2) - M é inverso de si mesmo por ser um ponto da circunferência de inversão e Δ é inversa de si mesma por passar pelo centro da inversão. Δ terá dois pontos que são auto-inversos, para além de M, o outro extremo do diâmetro da circunferência de inversão sobre Δ. E
  • por passar pelo centro de inversão T, a circunferência (O) tem por inversa uma reta que passa pelos pontos de interseção dela com a circunferência de inversão quando se intersetam
  • pelas mesmas razões, a circunferência (P) terá por inversa uma reta (para cada elemento e seu inverso, a mesma cor).
Como a inversão preserva a tangência, bastará determinar as circunferências que passam por M e são tangentes às retas inversas de (O) e (P). Os centros dessas circunferências serão equidistantes dessas retas e de M. Há obviamente duas circunferências (azul topázio e verde).
Por I(T, TM2) a estas circunferências correspondem duas circunferências passando por M e cada uma delas tangente às circunferências dadas, uma tangente exteriormente e outra tangente interiormente

Th. Caronnet, Éxercices de Géométrie, Vuibert. Paris:1947
Howard Eves, Fundamentals of Modern Elementary Geometry . Jones and Bartlett Pub. Boston:1992