16.7.08

Os outros pontos de Nagel

Pelo meu lado, nem todos os pontos notáveis interessam. Nas mais importantes enciclopédias (outras línguas, outras línguas) não vi referência nem construção dos pontos de Nagel. Enquanto que os 4 pontos de Gergonne aparecem várias vezes referidos e as construções aparecem desenhadas, tal não acontece com os pontos de Nagel. Pareceu-me que na sua definição havia uma bela "mestiçagem". De facto, os pontos de Nagel não aparecem como intersecção de 3 rectas tiradas dos vértices para pontos dos lados opostos, como acontecia com os pontos de Gergonne, todos eles pontos de tangência dos círculos inscritos ou exinscritos. No caso dos pontos de Nagel, assim não é: De dois vértices conduzem-se rectas a passar pelos pontos de tangência dos ex-incírculos nos seus lados opostos, mas a terceira recta é tirada do terceiro vértice para o ponto de tangência do círculo inscrito, ou de outro modo a recta tirada do terceiro vértice para o primeiro ponto de Geergonne. De acordo com a nossa bela enciclopédia italiana, antes referida, que não faz qualquer construção ou desenho e usa notações que só a eles lembrou.
No artigo de ontem, assim ficou. Parecia-me tudo sossegado. Mas, durante a noite, recebi mensagens da Mariana (acompanhada do desenho) e do Aurélio (acompanhada de manifestações de apoio). Como as cevianas são, para efeitos deste blog, aurelianas, declaro-me vencido.
Aqui fica a construção da Mariana com os restantes pontos de Nagel:


15.7.08

Ponto de Nagel

As cevianas que unem cada vértice de um triângulo [ABC] ao ponto de contacto de cada círculo ex-inscrito com o lado oposto, intersectam-se no mesmo ponto – “ponto de Nagel”.
À semelhança do que aconteceu com os pontos de Gergonne, também consideramos mais três pontos de Nagel.








O ponto de Nagel de um triângulo [ABC] está sobre a recta definida pelos seus incentro e baricentro. E mais: |NG|=2|IC|.
Se, na construção interactiva que juntamos, deslocar A, B ou C, pode ver que este resultado se mantém para cada triângulo.