Estamos convencidos que a aprendizagem da geometria está muito prejudicada com a falta de prática em construções geométricas de régua e compasso. E começamos a ficar convencidos que essa falha tem também consequências dramáticas ao nível do desenvolvimento dos raciocínios hipotético-dedutivos em geral. Resolver problemas construtivos era (em tempos e será ainda hoje) provavelmente a melhor fonte de motivação: desenhar fazendo tentativas, decompor em passos, criar nexos lógicos, etc. A geometria dinâmica - com recurso a computadores e programas como o Cinderella, o SketchPad e o Cabri ou fazendo experiências várias com diversos materiais manipulativos - permite retomar uma tradição de aprendizagem de construções e, mais que isso, permite fazer experiências para conjecturar que construção, quais os seus passos essenciais,... enfim, conjecturar um resultado e fazer uma demonstração. Por exemplo, é formativo verificar a resolução do exercício (VI) - Pontos, rectas e circunferências seguindo a proposta de roteiro feita por mim e mais formativo será provavelmente ver como é que manipulando os dados no GSP (se bem me lembro!), escolhi aquela construção como boa, respondendo a um desafio de Aurélio Fernandes.
Para ficarmos mesmo bem, só nos falta receber mais notícias sobre o que se vê e como se vê o que damos a ver. Mas isso não depende de nós.